Relvas: um perigo nacional.
Se dúvidas existissem, a notícia, a confirmar-se, que o DN hoje traz, é gravíssima. Miguel revlas controla, decide e manda no Executivo de Pedro Passos Coelho. Diz o diário que está em marcha no gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares um documento intitulado ‘Estratégia para a Racionalização dos Centros de Dados da Administração Pública’. Ora tal documento propõe que toda a informação referente ao Estado seja gerida por uma empresa privada. Se a medida seguir em frente, como assim parece, informações estatais como dados da Defesa, da Segurança Interna e do Serviço de Informação serão armazenadas numa coisa designada por cloud computing [uma nuvem tecnológica que guarda conteúdos na Internet)]. Ou seja, uma excelente notícia para os jornalistas – já incumpridores à deriva por cá – e que coloca informações em segredo de Estado à mão de qualquer cidadão. Um perigo que molda claramente aquilo que este Governo entende por «refundação». Já aqui se escreveu que há áreas na tutela do Estado que não nos chocam que sejam privatizadas, já que a sua gestão pode ser mais correcta nas mãos de privados. Contudo, há matérias que não podem nem devem sair da esfera pública: Saúde, Educação, Justiça e Segurança são, para mim, as áreas intocáveis onde só o Estado deve intervir. Mas Relvas continua imparável no alto do seu estatuto de perigosidade. Não foi remodelado, ninguém no Governo o pára e, pior, continua afincadamente na sua tarefa ditatorial de pôr e dispor no que bem entende. Assim vai o país. Com homens e destinos destes, não há mesmo Estado que resista.
Platonismo político
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