José Afonso e Adriano – Faz falta “abanar” a malta...
Três jovens autoras (Catarina Rocha, Inês Castanheira e Isabel Rocha), pertencentes à associação “Amigos maiores que o pensamento”, resolveram fazer e publicar um livro em que um punhado de pessoas contasse algumas das suas experiência de vida, ou de simples momentos passados com o José Afonso e o Adriano Correia de Oliveira. Fizeram-no com evidente amor e entusiasmo. Chamaram-lhe “Provas de contacto”.
Como, em tempo útil, contribuí com algumas linhas para esse livro... fui convidado para estar no lançamento na cidade de Setúbal, precisamente a cidade em que o Zeca viveu e desenvolveu a sua arte solidária, durante largos anos.
Foi no sábado passado... e, mesmo na condição de simples convidado, fiquei doído pelas autoras, pelas pessoas que se dignaram a aparecer, pelo Zeca e pelo Adriano.
Estavam presentes na sessão de lançamento, para além de mim e do convidado principal, Camilo Mortágua, companheiro de muitos anos do Zeca, e não contando com os vários elementos da “Associação José Afonso”, que apoiou a iniciativa... para aí umas dez ou quinze pessoas.
Como nem por um momento acredito que, por muitas deficiências que possa ter tido a divulgação, tenham sido aquelas dez ou quinze pessoas as únicas a saber da sessão de lançamento do livro, em toda a cidade de Setúbal e seus arredores... o que aconteceu foi mais uma lição. Mais uma prova de que não basta jurar a eterna admiração e apreço pelas canções e pelas ideias do Zeca e do Adriano, ou bater no peito lacrimejando loas aos seus exemplos de vida e à sua coragem...
Por vezes é mesmo necessário fazer o “tremendo sacrifício” de levantar o rabo do sofá, depois de jantar... e andar, “heroicamente”, uns míseros quarteirões a pé ou de carro, numa noite que não forneceu sequer a desculpa de um único pingo de chuva para afastar os “milhares” de auto-proclamados admiradores.
Blog Cantigueiro
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