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sábado, 17 de novembro de 2012


BPN: “Não é legítimo vender-se um bem público a preço de saldo”, diz Semedo

O Bloco de Esquerda foi o único partido que votou contra o relatório parlamentar da comissão de inquérito, porque “não é legítimo vender-se um bem público a preço de saldo - e o BPN é um mau precedente", segundo fundamentou João Semedo.
Foto de Paulete Matos
O coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo votou contra o relatório final da comissão de inquérito parlamentar sobre a nacionalização e reprivatização do BPN. O relatório final foi aprovado pelos votos a favor de PSD e CDS, as abstenções de PS, PCP e Verdes, tendo apenas o Bloco de Esquerda votado contra.
Segundo a Lusa, João Semedo, falando na comissão parlamentar imediatamente antes da votação, criticou duramente as conclusões do relatório, pela venda do BPN ao BIC, abaixo do preço de duas avaliações feitas em julho de 2011.
"Diz-se que a venda foi feita pelo preço possível e que não havia outro comprador para o BPN, mas esta tese levanta mesmo assim um problema político da maior gravidade, que é o de saber se este país está em saldo. Não é legítimo vender-se um bem público a preço de saldo - e o BPN é um mau precedente", sustentou João Semedo.
O coordenador do Bloco de Esquerda demarcou-se também da ideia de que a 'troika' impôs ao Governo português a venda direta do BPN até 31 de julho de 2011, caso contrário proceder-se-ia à sua liquidação e, pelo contrário, manifestou a sua convicção que o prazo de 31 de julho de 2011 não era imperativo e que "havia margem negocial" em termos de cumprimento de calendários.
"Votamos contra o relatório, porque se trata de um documento que dá como boas e provadas justificações dadas pelo atual Governo. Este relatório não evidencia suficientemente a base política da venda do BPN ao BIC", alegou ainda o deputado do Bloco.
João Semedo já denunciara, em conferência de imprensa realizada a 31 de outubro, que em julho de 2011 existiram duas avaliações, realizadas pela Caixa BI e pela Deloitte, indicando que o BPN valia na altura 110 milhões de euros, mas foi vendido ao BIC por 40 milhões. O deputado do Bloco, que entregou 40 propostas de alteração ao relatório final da comissão de inquérito, denunciou também a ocultação das avaliações à comissão de inquérito e exigiu na altura explicações a Passos Coelho.
Para Semedo, o relatório “não evidencia que o resultado final da operação de venda [do BPN ao BIC por 40 milhões de euros] se traduziu num benefício do comprador”, assim como “não evidencia a importância e o papel que as razões e as motivações políticas tiveram na conclusão de operação de venda”.

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