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sábado, 17 de novembro de 2012



Administração Interna - Uma entremeada de arrogância e ridículo



Continuam a chegar relatos das múltiplas ilegalidades com que a polícia foi descarregando a fúria, noite dentro, em pessoas que nada tinham que ver com as pedras que um bando de imbecis tinha atirado aos seus “colegas” (desculpem lá... mas camaradas está reservado a outra gente). São estórias de detenções gratuitamente violentas, a destempo, com assinaturas de declarações em folhas em branco, com a negação dos direitos legais mais básicos, recurso à humilhação, etc., etc.
É a triste imagem da polícia fanfarrona de um ministro fanfarrão, que “sabe perfeitamente” quem é a meia dúzia de “radicais violentos” que provoca os desacatos, “radicais” de que tem mesmo uma lista para futuras detenções, mas que em vez de os isolar e impedir de cometer os desacatos, opta por atacar selvaticamente centenas de pessoas, sendo que algumas nem sequer tinham nada que ver com qualquer manifestação passada, em curso, ou a organizar.
A “eficácia” do genial ministro e da sua polícia de choque fez-me lembrar de uma recente e (claro!) também genial proposta do governante do PSD, no sentido de poupar despesas com as forças policiais: a “partilha de recursos” a que Miguel Macedo chama «gestão da frota automóvel das forças de segurança».
Vai ser uma festa! Chama-se a PSP, mas quando esta chega, se chegar, vem num carro da GNR… e vice-versa. As confusões com as centrais de rádio e as comunicações entre os agentes, imagino que serão também uma espécie de constante “festa-surpresa”.
É ou não uma medida genial? Imaginem esta forma de poupança aplicada a outros sectores de actividade… assim de repente... sei lá… por exemplo, nos clubes de futebol.
As mesmas cores e padrão de camisolas, calções e chuteiras para todos... incluindo os árbitros!
Poupava-se imenso em equipamentos excedentários e inúteis, os jogadores teriam mesmo que estar extremamente concentrados durante os noventa minutos, pacificavam-se os estádios, já que os adeptos nunca saberiam bem quem insultar… ... ... só vantagens!

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