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quinta-feira, 5 de abril de 2012



UMA QUESTÃO DE FÉ

Nunca entendi porque não acredito em Deus. Tinha tudo para ser um excelente crente. Tenho um medo horrível de morrer. Não me apetece nada ficar às escuras para toda a eternidade. Detesto a ideia de não ver mais ninguém para todo o sempre. Penso que são estas as grandes motivações dos verdadeiros crentes. Então que se passa comigo?! A verdade, é que era bem mais simples se acreditasse na vida imortal, nos paraísos divinos, na reencarnação... Enfim, nessas coisas que nos dão um imenso sossego post-mortem. A vida não está fácil para quem não tem fé. Fartamo-nos de sofrer e não temos recompensa. Deus sabe que me tenho esforçado muito por acreditar. Todos os dias rezo para ter fé, mas o raio divino não me cai em cima. Como seria fácil... Até a recessão sabia a pouco. E afinal o que é a fé? Uma crença irracional à qual não se chega pela razão. Ou seja, algo que aparentemente seria fácil de ter. Bastava não pensar. Não raciocinar. Mas, mesmo ficando três dias sem pensar não me acontece nada. Portanto, tem de haver algo mais. Escapa-me essa dimensão simples da crença. E logo por azar, dizem que é a mais importante:  a preparação para a Outra Vida. Mas se eu não acredito nisso, o que ando aqui a fazer?

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