Semanada
Esta foi mais uma semana de felicidade económica para os portugueses, as coisas correm como previsto pelo brilhante Gaspar, estimados sendo exemplares, voltaremos ao mercado na data prevista. A razão de tanta alegria e confiança por parte do Gasparzinho chegou ao conhecimento público na sexta-feira, a despesa cresce a um ritmo superior a 3%, as receita-se fiscais afundam-se em mais do que 5%, mas está tudo a correr bem, corre pior do que há um ano, quando o Gaspar inventou um desvio global, mas está tudo uma maravilha, podemos ficar tranquilos, graças ao brilhantismo das reformas de gente como o sô Álvaro estamos quase a ser um país desenvolvidos, para que tal suceda já só falta ser possível despedir sem motivo e sem indemnização. Estamos quase tão desenvolvidos como o sô Álvaro.
O país teve um segundo motivo de alegria, os portugueses puderam finalmente matar as dolorosas saudades que já sentiam de Paulo Portas, o mais querido político português tem castigado os seus concidadãos e admiradores com ausências prolongadas, passa semanas ausente cumprindo as exigentes obrigações da diplomacia económica. Graças a eles uma empresas chinesa já instalou um centro tecnológico e ainda na semana passada o ministro do CDS criou mais de cinquenta empregos. Mas todos sabemos como Portas gosta de material militar e de tiroteio, foi preciso um golpe de Estado na Guiné para vermos o velho Portas, o Portas dos submarinos e do barco do aborto, o Portas galo-da-Índia.
Menos sorte do que Portas teve o rei de Espanha, andou aos tiros em África e já depois de ter partido a anca acabou por ser vítima do disparo de uma máquina fotográfica, o grande defensor da vida selvagem revelou-se um selvagem, deixando-se fotografar ao lado de um elefante morto pelo seu parceiro de calçada. No dia em que se comemorava a segunda república espanhola o rei que herdou o trono do caudilho Franco foi caçado pelo opinião pública a gastar o dinheiro dos contribuintes dando tiros nos seus supostos valores ecológicos.
A Assunção Cristas revelou-se uma grande admiradora da Reforma Agrária dos anos setenta, esta militante da direita teve muito pouca consideração pelos donos das terras ocupadas nos anos setenta e leiloou os 600 hectares que ainda estavam na posse do Estado. Depois do super-ministro da Economia ter sugerido o cluster do pastel de nata, a superministra inventada por Paulo Portas está a criar condições para lançar o cluster a couve-galega. Já se sente uma maior circulação de carros nas estradas portuguesas, são os jovens da JC e da JSD a caminho das suas hortas para regarem as suas couves.
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