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domingo, 22 de abril de 2012


Semanada


Esta foi mais uma semana de felicidade económica para os portugueses, as coisas correm como previsto pelo brilhante Gaspar, estimados sendo exemplares, voltaremos ao mercado na data prevista. A razão de tanta alegria e confiança por parte do Gasparzinho chegou ao conhecimento público na sexta-feira, a despesa cresce a um ritmo superior a 3%, as receita-se fiscais afundam-se em mais do que 5%, mas está tudo a correr bem, corre pior do que há um ano, quando o Gaspar inventou um desvio global, mas está tudo uma maravilha, podemos ficar tranquilos, graças ao brilhantismo das reformas de gente como o sô Álvaro estamos quase a ser um país desenvolvidos, para que tal suceda já só falta ser possível despedir sem motivo e sem indemnização. Estamos quase tão desenvolvidos como o sô Álvaro.
  
O país teve um segundo motivo de alegria, os portugueses puderam finalmente matar as dolorosas saudades que já sentiam de Paulo Portas, o mais querido político português tem castigado os seus concidadãos e admiradores com ausências prolongadas, passa semanas ausente cumprindo as exigentes obrigações da diplomacia económica. Graças a eles uma empresas chinesa já instalou um centro tecnológico e ainda na semana passada o ministro do CDS criou mais de cinquenta empregos. Mas todos sabemos como Portas gosta de material militar e de tiroteio, foi preciso um golpe de Estado na Guiné para vermos o velho Portas, o Portas dos submarinos e do barco do aborto, o Portas galo-da-Índia.
  
Menos sorte do que Portas teve o rei de Espanha, andou aos tiros em África e já depois de ter partido a anca acabou por ser vítima do disparo de uma máquina fotográfica, o grande defensor da vida selvagem revelou-se um selvagem, deixando-se fotografar ao lado de um elefante morto pelo seu parceiro de calçada. No dia em que se comemorava a segunda república espanhola o rei que herdou o trono do caudilho Franco foi caçado pelo opinião pública a gastar o dinheiro dos contribuintes dando tiros nos seus supostos valores ecológicos.
  
A Assunção Cristas revelou-se uma grande admiradora da Reforma Agrária dos anos setenta, esta militante da direita teve muito pouca consideração pelos donos das terras ocupadas nos anos setenta e leiloou os 600 hectares que ainda estavam na posse do Estado. Depois do super-ministro da Economia ter sugerido o cluster do pastel de nata, a superministra inventada por Paulo Portas está a criar condições para lançar o cluster a couve-galega. Já se sente uma maior circulação de carros nas estradas portuguesas, são os jovens da JC e da JSD a caminho das suas hortas para regarem as suas couves.

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