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quarta-feira, 4 de abril de 2012



Os iluminatti e os banqueiros monges

Os iluminatti e os banqueiros monges
por Jorge Messias
 
Jornal Avante
 
 
  «Na escrita da História trepam erros, verdades que envelhecem, ordena-se ou amontoa-se desirmanados os documentos, os valores, os símbolos, as ferramentas, o conhecimento alargado, as explicações técnicas, as utopias, os mitos. Uns, de corpo inteiro; outros, esfacelados ou sem membros. Uns, horrendos e outros de olhos angélicos» (A. Borges Coelho, Historiador).

«A primeira geração não nos pertencerá. A segunda, quase nos pertencerá. A terceira, sem qualquer dúvida, pertencer-nos-á. Sabemos que o nosso desejo é estabelecer um Império Mundial. Criaremos uma Nova Ordem Mundial através da dissolução de todos os governos democráticos e liberais, a fim de estabelecermos um governo absoluto único sob a égide do papa de Roma, tal como na Era das Trevas»

(de textos traduzidos para o Inglês e expostos no British Museum, de Londres).


«Em todo o mundo, 80% dos capitais financeiros das 43 300 maiores empresas são controlados por um grupo de 737 multinacionais. Mais: dessas 737 entidades, um reduzido grupo de 50 possui 40% da massa financeira detida por todas as multinacionais que existem no sistema capitalista mundial»

(Instituto Federal de Tecnologia, Zurique, «The network of global corporate control»).

Nos tempos que decorrem, as guerra de agressão podem desenvolver-se nos moldes militares tradicionais, podem ter um figurino económico, ou podem consistir numa combinação entre o militar, o subversivo, o económico-financeiro e o político-religioso. É por isso muito interessante a referência que o relatório dos investigadores suíços faz à cadeia de comando das transnacionais que dominam os mercados e são conduzidas por uma elite financeira (ou iluminatti) assente em cinco gigantescos grupos bancários (Barklays, J.P.Morgan, Citibank, Bank of America e Goldman Sachs) e em poderosos truts seguradores transnacionais, tais como a Merril Linch, a Morgan Stanley, a Société Generale, a Banque Populaire, etc.

Curiosamente, todas estas formações têm vindo a ser referidas como presenças familiares nas manobras e escândalos financeiros ligados ao Vaticano e ao IOR, o banco pontifício. A sua actividade decorre invariavelmente em áreas interdisciplinares. Nomeadamente, nas redes sociais do Opus Dei, das ONG e IPSS e dos campos de acção dos Jesuítas. Estamos na presença de um plano megaĺómano que se desenvolve nos quadros do Grupo de Bilderberg e recolhe os aplausos e o apoio activo da Igreja, da Maçonaria, do Opus Dei e, sobretudo da alta finança mundial. Trata-se, em primeiro lugar, dizem os analistas, de ser-se realista por muito que doa a quem doer: o sistema capitalista, tal como ainda hoje é entendido, é assunto arrumado. Durará poucas décadas mais, no melhor dos casos. Depois, esgotado, desaparecerá.

Entretanto, fica evidente que a divisão da sociedade em «classes» não pode acabar. Pelo contrário, tem de acentuar-se o fosso entre ricos e pobres.

Assim terá de ser. Por um lado, porque os recursos da Natureza não são inesgotáveis e tendem a desaparecer. Por outro lado, o recuo do bem-estar das populações e a eliminação dos «direitos alcançados» é um excelente método pedagógico da manutenção da disciplina da direita entre as massas e da justificação do exercício inflexível da autoridade.

Os iluminatti sabem que o tempo é curto para pôr de pé uma sociedade capitalista que possa inovar-se e renascer: uns 50 anos, dizem alguns!... Neste meio século que se irá seguir, os tecnocratas terão de encontrar maneira de cortar na dívida pública, reforçar a moeda, reformar os mercados, camuflar o desemprego, acumular receitas e lançar os alicerces de uma Nova Ordem Mundial, fazer as guerras locais e preparar a Guerra mundial.

Quanto à III Guerra mundial, há consenso entre os senhores da Terra: cedo ou tarde ela explodirá. A curiosa questão central que se coloca a banqueiros e generais é a da definição prévia dos futuros inimigos monopolistas. Se um dos lados é fácil de reconhecer (os EUA acolitados pela União Europeia), já o potencial adversário permanece na bruma das hipóteses: China, Índia, Brasil ou Rússia pós-soviética? São os chamados estados emergentes, que crescem com um pé no capitalismo e o outro nas novas tecnologias.

A manterem-se os actuais ritmos de crescimento em breve os EUA serão destronados. Entrou-se, portanto, na fase preliminar da III Guerra Mundial.

A Nova Ordem Mundial tem de ser implantada rapidamente no terreno. Tenha o preço que tiver.
 
 
 
Texto original em Jornal Avante
 
 

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