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segunda-feira, 23 de abril de 2012


Em defesa da Austeridade, António Costa ataca os murais da Greve Geral

Portugal - Precári@s Inflexíveis - António Costa, Presidente da Camâra Municipal de Lisboa, é um adepto da austeridade e dos sacrifícios. Todos os dias, milhares de habitantes lisboetas juntamente com trabalhadores residentes nos concelhos adjacentes são altamente explorados dentro da cidade de Lisboa. Lisboa é hoje uma capital fortemente marcada pela precariedade. Lisboa é marcada pelas precariedades: a precariedade laboral, mas também a precariedade na vida. António Costa, nem sempre o autor da Austeridade, interpreta-a na perfeição. Interpreta a Austeridade com a subtileza de quem assobia para o lado ante o massacre da população. Se falarmos da precariedade laboral, dentro de Lisboa, basta olhar para todos os callcenters, ou para os vários centros comerciais. Os callcenters da Estefânia, do Cais-do-Sodré, de Arroios, do Marquês de Pombal, Restauradores, Sete Rios ou os de Cabo Ruivo/Parque das Nações. O Vasco da Gama, o El Corte Inglés, o Colombo, as Amoreiras, ou os centros comerciais do Saldanha. São incontáveis os serviços que funcionam com mão-de-obra contratada a prazo ou comprada em saldo às Empresas de Trabalho Temporário. Podemos ainda olhar para o sector da cultura, um sector também altamente precarizado, onde há um ano atrás, no Museu do Design e da Moda (MUDE), António Costa despediu 70 trabalhadores a falsos recibos verdes (ver aqui). Estes, e tantos outros exemplos, fazem de Lisboa uma capital arrasada pela precariedade laboral. Mas Lisboa é também a Capital da Precariedade na Vida. Olhemos para as Universidades. Cidade Universitária, ISA (Agronomia), FCSH (Av. de Berna), Campus de Campolide(UNL), Belas Artes, Faculdade de Arquitectura e restante Polo da Ajuda, etc. As propinas subiram tão ou mais rápido que a taxa de desemprego. Os ontem trabalhadores-estudantes abandonaram estes espaços, hoje são desempregados e sem dinheiro para estudar. Muitos já deixaram Lisboa, voltaram às terras de origem. Há vinte anos, todos sem excepção, defenderiam um ensino gratuito e universal. Hoje é diferente, muitos acreditam na inevitabilidade de um sistema de ensino quase exclusivo para as elites. Fonte: Diário Liberdade

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