A tutela não terá aceitado as propostas oriundas da região e decidiu avocar o processo, tendo escolhido o oftalmologista e antigo bastonário da Ordem dos Médicos, para presidir ao Conselho de Administração do Hospital de Faro, apurou o Observatório do Algarve junto de fonte da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS).
Segundo a mesma fonte, a nomeação deverá realizar-se “nos próximos dias” e para os outros cargos de vogal executivo estão em cima da mesa nomes como o de João Tiago Botelho Silva, que já foi administrador do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) e, para o cargo de diretor clínico, o do ortopedista Jorge Salvador, antigo dirigente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), sendo que para o posto enfermeiro diretor deverá ser nomeado José Vieira dos Santos. O Conselho de Administração do Hospital de Faro, EPE (Entidade Empresarial do Estado) é composto pelo Presidente e 2 vogais executivos e dois não executivos e órgãos de direção técnica, preenchidos pelo diretor clinico e enfermeiro diretor. Atualmente estão ainda em funções no Conselho de Administração Ana Paula Gonçalves como presidente, sendo vogais executivos Francisco Manuel Dionísio Serra e Hugo Miguel Guerreiro Nunes. Maria Helena Branco Gomes é a diretora clínica enquanto Maria Filomena do Rosário Rafael Martins é enfermeira diretora. De acordo com o último relatório de contas do HF, datado de 2010 e reportando-se aos 4 últimos meses do exercício de 2008, disponível no site oficial do HF, EPE, a instituição apresentava um resultado líquido negativo a rondar os 6,6 milhões de euros, que já herdara da anterior administração, tendo diminuído cerca de 2 milhões de euros relativamente a de 2007, quando a dívida era superior a 8,5 milhões de euros, saldo negativo que em 2006 atingia perto de 12 milhões de euros. Ex-bastonário enfrentou polémica no mandato na Ordem Recorde-se que Pedro Nunes, a escolha do Ministro da Saúde para administrar o Hospital de Faro, que tem o estatuto de Entidade Empresarial do Estado (EPE) é oftalmologista e exerceu as funções de bastonário da Ordem dos Médicos durante dois mandatos, tendo sido reeleito para o último em janeiro de 2008 com recurso a uma segunda volta eleitoral. O seu último consulado ficou marcado, em 2009 pelo caso da seguradora espanhola AMA, no foi multado em 135 mil euros por receber, em 2006 e 2007, alegadas ajudas de custos indevidas, enquanto conselheiro da seguradora espanhola AMA, na altura responsável pelo seguro de responsabilidade civil dos clínicos portugueses, subscrito pela Ordem. Segundo avançou a agência Lusa na altura, além da multa, decretada pela Direção Geral de Seguros espanhola após uma investigação concluída no ano passado, os conselheiros arriscam-se a ter de devolver os montantes recebidos como ajudas de custo e que, no caso do bastonário da Ordem dos Médicos (OM), foram de 3000 euros mensais durante dois anos. Pedro Nunes confirmou à Lusa a investigação realizada pela da Direção Geral de Seguros espanhola e adiantou que a seguradora, Agrupación Mutual Aseguradora (AMA), recorrera da sentença aos tribunais. Pedro Nunes foi conselheiro em 2006 e chegou a vice-presidente da administração em 2007 e justificou o cargo no Conselho de Administração da AMA para “defender os interesses dos médicos portugueses”. O assunto foi acompanhado pelos advogados da Ordem dos Médicos (OM), que entretanto contestou o pagamento da multa aplicada ao bastonário, pela própria ordem. Entre os portugueses que passaram pela administração da AMA e que foram também multados estão Miguel Leão, (120 mil euros) ex-presidente da secção Norte da OM que foi opositor de Pedro Nunes na sua última corrida a bastonário, e o antigo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos João Silveira. O antigo bastonário disse na altura à Lusa que fora convidado pela AMA a integrar o Conselho de Administração, tendo substituído Miguel Leão que lá exercera funções em 2003-2006 e que assinara com a seguradora um acordo enquanto presidente da secção regional Norte da Ordem. |
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sábado, 17 de dezembro de 2011
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