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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

É de 13 de Novembro de 2015, mas poderia ser escrito agora...





É de 13 de Novembro de 2015, mas poderia ser escrito agora...
A propósito do estado do "Tempo". Não é que não se saiba já, que o destino está traçado...
Sim, e a luta de facto tem de continuar, elevando a fasquia das reivindicações dos trabalhadores e do povo. O governo do PS tem o apoio dos outros partidos de direita para aquilo que é estrutural no regime que eles têm em comum. Uma luta, cujas jornadas, não sejam um ritual anual, mas antes, uma separação efectiva da acção institucional, que muito meritória que seja, não pode condicionar a luta dos trabalhadores e do povo.
Cabe à luta de massas, à luta reivindicativa dos trabalhadores e das camadas populares, impôr um outro rumo. A governabilidade do governo do PS tem de depender da política que realiza e das suas prioridades. Se serve apenas os interesses de uns poucos, os mesmos do costume, negando direitos a todos os outros, o "fantasma" do regresso ao pior, não pode condicionar a luta. Porque no plano do "pior", PS, PSD e CDS, entendem-se sempre na perfeição.
"Outono Quente"?
Ouvi alguns dias atrás um costumeiro "jornalista" / "comentador", que mais não é do que a voz do seu dono, classificar o actual momento político decorrente das eleições legislativas de 4 de Outubro, como o "Outono Quente", numa parola analogia com o chamado "Verão Quente" em pleno PREC. É evidente que a estultice da figura, sendo parola, não é inocente. É o apelo ao ódio trauliteiro das forças da política de direita, da ameaça e da chantagem. Não ao grande capital e à grande finança, mas aos trabalhadores e ao povo, e às forças políticas e sociais que melhor os representam: O PCP e a CGTP-IN.
No ódio crescente,PSD e CDS, e o seu aparelho ideológico, mergulham no baú do anti comunismo e apelam ao golpismo "democrático" e à musculação do seu regime, açulando o Presidente da República a assumir o papel de caudilho. O desespero dos partidos de direita impele-os a bombardear o que resta, já muito pouco, o que progressista ainda resiste na Constituição da República Portuguesa, mesmo apesar de sete revisões inconstitucionais da Constituição. A burguesia não perdoa o facto de ter acontecido Abril. Que os trabalhadores tivessem assumido o papel de sujeito histórico e de motor de mudanças profundas na sociedade portuguesa. Há muito que a contra-revolução venceu e estabeleceu um regime de democracia-burguesa com as suas regras e instituições. Mas para a burguesia capitalista ainda é insuficiente. E por isso o golpe em curso, na medida em que vêem algumas pequeninas parcelas do seu poder ameaçado.
O PS tem pesadíssimas responsabilidades do estado a que chegámos. Porque, se é tempo de alguma convergência, não é seguramente tempo de apagar a memória, quanto a 39 anos de política de direita da responsabilidade do PS, PSD e CDS, sempre ao serviço dos grandes e instalados interesses. E, infelizmente para os trabalhadores e a imensa e esmagadora maioria do povo, não vivemos um "Outono Quente". Os compromissos do actual momento, não podem comprometer a lutas pelos direitos e interesses de quem trabalha e gera a riqueza. Dos que têm pago a factura, empobrecendo, para que a meia dúzia de poderosos tenham fortunas colossais resultantes da exploração e da opressão. Mas também é verdade que tais compromissos e uma certa "estabilidade" e "governabilidade", não podem ser conseguidos, mandando a malta ficar quietinha e espectante, não vão os compromissos parar às urtigas.
Cada qual, cada força, tem de assumir as suas responsabilidades. Aos comunistas, cabe-lhes a subida responsabilidade de conclamar os trabalhadores e o povo, a assumirem o seu destino colectivo nas suas mãos. A não baixarem os braços à espera de ver o "isto dá". É, independentemente dos compromissos conseguidos, continuar o combate contra a política de direita, e pela reconquista de direitos perdidos e roubados, é continuar o combate contra o regime que gera a política de direita, o capitalismo. È o decidido combate no aprofundamento e radicalização da luta de classes e do incremento e politização da luta de massas. Porque não há compromissos e acordos que possam ser assumidos sacrificando objectivos que nos fazem diferentes, de transformar toda a acção, sempre na perspectiva da construção de uma sociedade nova sem exploradores e explorados.
Não vivemos um "Outono Quente". Mas vivemos um momento ímpar para novas batalhas, mais luta, mais acção. Não apenas respondendo à golpada da direita em curso, mas por aquilo que são direitos conquistados com a Revolução de Abril. Os recurso para pagar a despesa dos direitos existem. Estão é nos bolsos errados, colocados lá pelas mãos do Estado, mas sangrados à nossa vida cada vez mais empobrecida. Porque a dívida pública não é nossa. É uma dívida que enriqueceu ainda mais o grande capital e a grande finança.
Sem atentismos, a luta tem de continuar, apesar de todas as ameaças do PSD, CDS (acrescento o PS) e Associações Patronais!

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