A nossa realidade governativa e a político-partidária tem que ser discutida e abordada seriamente para acabar com os dizem ser uma coisa e são outra.
Não basta afirmar que se é ! tem que existir prática e os que não cumprem têm que ser penalizados.
Ou seja temos que acabar com a mama de quem nos xula a cada minuto e nos mente dizendo que nos defende e protege e nada mais faz do que viver na sombra de benesses e regalias enquanto o povo cada vez mais penalizado se rende a demagogias e aldrabices bem engendradas para parecerem verdades .
Já se observam há muitos anos jogadas e jogadinhas que se dobram a interesses pessoais e a questão ideológica, a luta de classes, a conquista do poder pelos trabalhadores, começa a ficar distanciada nas discussões e raramente aparece para elucidar o que se interessa por política e tem nestes anos fugido a sete pés da prostituição política, das grandes golpadas que nascem na Assembleia da Republica onde parece o povo não é bem vindo e respeitado.
A cada dia que passa fica mais difícil entender o que é ser político e quais os deveres que o político tem para quem nele confia.
Tudo se dissolve na semântica das palavras.
A responsabilização dos que são protagonistas de golpes, favores, aldrabices, fica sempre nas covas.
As comissões de inquérito não produzem resultados . Almejam-se culpados mas depois aparece o benefício da dúvida, a presunção da inocência, as acusações mútuas, e tudo fica na mesma ou melhor dizendo tudo fica pior, já que o saque e a exploração cada vez mais se acentua caindo sempre sobre os mesmos, os mais desfavorecidos, os trabalhadores.
Assim assistimos à derrocada de convicções, certezas, ideais e posturas tomadas no passado como verdades e que hoje são meras desilusões.
António Garrochinho
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