A morte do Senador Norte-Americano John McCain mereceu uma notícia de amplo destaque na RTP. Por momentos parecia que estávamos perante o falecimento de uma figura mundial ilustre, alguém reconhecido como homem bom acima de controvérsia, objecto de um consenso indiscutível. A proximidade temporal com a morte dessa figura lendária da música universal como foi Aretha Franklin quase colocava essa dúvida: a RTP trocara os elogios, os comentários, numa singular troca de personalidades? Mas não, era de McCain que a RTP andava a falar, citando ex-presidentes como Obama ou os Bush. Em cerimónia pública eivada de hipocrisia e despudor, esses ex-presidentes “gabavam” as discordâncias para com McCain. Mas quem foi McCain? McCain foi um ex-militar da Guerra do Vietname convertido à política, um fascista sem dó nem piedade, responsável por milhões de mortos. Em tudo que era guerra (Afeganistão, Síria, Iraque , Líbia, Iémen) ele esteve e dirigiu o apoio politico do Senado e do Congresso. Mas o seu legado mais bárbaro foi a criação dessa estrutura ignóbil chamada Estado Islâmico. Ele conhecia os seus chefes, as suas redes de influência e disso se gabava. Al- Baghdadi, o proclamado Emir, aparece em fotografia comum em reunião na Síria.
A sua loucura era tal que proclamou recentemente que Putin era mais perigoso para a América que o Estado Islâmico. Não por acaso certamente, não constou a presença no seu funeral de qualquer dignitário estrangeiro. Só a América patrioteira e chauvinista se revê no percurso político de uma crápula.
A RTP yankee, ignorante, presstituta, subserviente, não o percebeu.
CR
http://cris-sheandbobbymcgee.blogspot.com
2 comentários:
Querem ver que a imprensa portuguesa vai fazer campanha para que este assassino vá para o panteão lá do sítio?
Enviar um comentário