AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sábado, 1 de julho de 2017

Pais do Amaral deve €48 milhões aos três maiores bancos portugueses


PAIS_AMARAL
(Se devesse 1000€ penhoravam-lhe a casa e o ordenado. Como deve 100 milhões, dão -lhe 10 anos para pagar e convidam-no para tomar chá. São estes os grandes empresários da Nação, condecorados com comendas e aclamados pelos media. Depois, como não pagam aos bancos, somos nós todos que somos chamados a pagar por eles. Assim também eu seria um grande empresário.
Estátua de Sal, 30/06/2017)

Empresário já terá acordo com os vários bancos para pagar a dívida em 10 anos. Empresário tem dívidas em torno de €100 milhões a um total de nove instituições financeiras. Novo Banco, BCP e CGD estão entre os maiores credores.
A AHS Investimentos, empresa de Miguel Pais do Amaral que avançou com um processo especial de revitalização, tem um total de nove bancos entre os seus credores. Entre estes estão os três maiores portugueses – Novo Banco, BCP e Caixa Geral de Depósitos (CGD) -, a quem são devidos cerca de €48 milhões.
A lista provisória de credores da empresa de Pais do Amaral aponta €19,6 milhões em dívida ao Novo Banco, €17,7 milhões devidos ao BCP e €10,5 milhões por pagar à CGD. No caso do Novo Banco, a maior parte dos créditos está garantida com penhores sobre ações detidas pelo empresário. No BCP, a totalidade dos créditos são comuns (sem garantias sobre ações de Pais do Amaral). Na CGD, apenas um décimo do valor emprestado a Pais do Amaral está garantido por um penhor de ações. Nenhum dos três bancos quis comentar ao Expresso a sua posição no processo.
A AHS é um dos principais veículos de investimento de Pais do Amaral, agregando, entre outros ativos, a Companhia das Quintas (produção de vinhos), a Polistock (negócio agropecuário), uma posição no banco britânico Gryphon e a Alfacompetição (corridas de automóveis). Pais do Amaral é também acionista de referências das tecnológicas portuguesas Novabase e Reditus. Da sua carteira de ativos faz parte ainda o grupo editorial Leya, a Quifel Natural Resources (que investe em projetos de energia) e o The Edge Group (projetos imobiliários, capital de risco, entre outros negócios).
BIC, Efisa, Popular, Santander, Montepio e Crédito Agrícola são os outros bancos a quem o empresário deve dinheiro
Conforme o Expresso revelou no passado sábado, a AHS avançou para tribunal com um processo especial de revitalização (PER) para poder formalizar um acordo de reestruturação do seu passivo bancário que começou a ser desenhado ainda no ano passado, garantindo igualdade de tratamento a todos os credores.
Fonte ligada ao empresário havia referido que estariam abrangidos por este acordo empréstimos bancários de €70 milhões. Mas a dívida global que a AHS Investimentos tem à banca, segundo a informação da lista provisória de credores, é superior, rondando os €100 milhões.
Além dos três bancos já referidos (Novo Banco, BCP e CGD), a lista reporta créditos de €11,7 milhões do BIC, de €9,6 milhões do Efisa (que está entre os ativos para venda no veículo do Estado Parvalorem que ficou com participações do ex-BPN), de €2 milhões do Popular, de €5,2 milhões do Santander, de €12,5 milhões do Crédito Agrícola e de €14,5 milhões do Montepio. Os valores incluem o somatório de capital em dívida e juros.
O acordo de reestruturação de dívida da AHS Investimentos surgiu com a dificuldade que a empresa de Pais do Amaral começou a apresentar no cumprimento do seu serviço de dívida, problema resultante por um lado da crise financeira que se instalou após 2009 e por outro lado do adiamento de alguns projetos do empresário, que não começaram ainda a gerar as receitas previstas. Em 2015, a AHS apresentou um prejuízo de €11 milhões. Entre 2012 e 2015, as perdas acumuladas da empresa ascenderam a €23 milhões.
Apesar destas dificuldades, esta holding (que agrega diversos investimentos de Pais do Amaral) tem uma situação patrimonial relativamente favorável, com capitais próprios positivos de €19,5 milhões e um ativo de €118 milhões. O que à partida dá aos bancos algum conforto sobre a capacidade de recuperação dos empréstimos concedidos. Segundo as informações recolhidas pelo Expresso, o acordo de reestruturação que terá sido conseguido por Pais do Amaral passará pelo pagamento da dívida aos bancos em 10 anos. O que poderá viabilizar o PER da empresa.
Empresário injetou €50 milhões na empresa
A lista divulgada pela administradora judicial da AHS mostra que o próprio Miguel Pais do Amaral é um dos maiores credores da empresa. Aliás, o seu maior credor. Pais do Amaral tem dois créditos subordinados, um de €16,1 milhões e outro de €33,6 milhões.
Depois, há subsidiárias da própria AHS que se apresentam como credoras da empresa, por empréstimos feitos no passado, nomeadamente a Parroute SGPS (€2,5 milhões a receber) e a Courical (€1 milhão).
Um outro credor de referência é Nicolas Berggruen, sócio de Pais do Amaral que terá a receber atualmente €1,5 milhões por conta de um empréstimo que a Berggruen Holdings Ltd (com sede nas Ilhas Virgens Britânicas) concedeu à Courical, subsidiária da AHS.
Neste PER entra também um crédito litigioso que a AHS tem para com a Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso, no montante de €124 mil, relativos a rendas vencidas e uma indemnização, de acordo com a lista de credores publicada no portal Citius.
Com a publicação desta lista, o PER seguirá agora a sua tramitação normal, que prevê que os credores possam validar ou contestar a informação recolhida pela administradora judicial e, posteriormente, a elaboração de um plano de recuperação a votar pelos credores. A banca terá, pelo seu peso nos créditos em causa, a palavra decisiva.

estatuadesal.com

Sem comentários: