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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Maiores fortunas do país valem tanto como dívidas dos portugueses ao fisco


Os 25 mais ricos voltaram a ganhar mais dinheiro. Valem agora 18,8 mil milhões de euros, mais 3,8 mil milhões. É qualquer coisa como 10% do PIB. E só as três maiores fortunas equivalem a 14 milhões de salários mínimos

Os nomes mantêm-se, os valores subiram. E não foi pouco. As 25 maiores fortunas do país cresceram 3,8 mil milhões de euros no espaço de um ano. O clube restrito dos três portugueses mais ricos - família Amorim, Soares dos Santos e família Guimarães de Mello - contribuiu com mais de mil milhões para este aumento. As contas são da revista Exame, que hoje publica pela 13.ª vez a lista dos mais ricos do país.
No total, os milionários do top 25 amealharam ao longo do último ano 18,8 mil milhões de euros, contra 15 mil milhões acumulados em 2016. Equivale a 10% do PIB português, quando no ano passado correspondia a 8,3%. O valor coincide, por exemplo, com o total das dívidas dos portugueses ao fisco, segundo os números revelados no mês passado pelas Finanças.
Após a quebra registada nos piores anos da crise, este foi o quarto ano consecutivo em que os milionários portugueses viram a conta bancária a engordar. E se nos anos anteriores as subidas rondavam as poucas centenas de milhões de euros, o salto dos últimos 12 meses foi um dos maiores já registados pela Exame.
Quanto aos rostos que completam o ranking, há poucas surpresas a registar. No entanto, a lista do próximo ano poderá vir a sofrer alterações. O motivo? A morte de Américo Amorim, no passado dia 13 deste mês. As contas da Exame colocam a família Amorim no primeiro lugar da lista, com uma fortuna avaliada em 3840 milhões de euros, a maior desde 2014 e 20% acima do ano passado, quando o pecúlio dos reis da cortiça totalizava 3,1 mil milhões de euros. Porém, o valor contabilizado corresponde à fortuna do próprio Américo Amorim, não estando ainda a ser considerada a divisão da herança do fundador da Corticeira Amorim. O ranking de 2018 irá depender de como serão feitas as partilhas. As três filhas do empresário, Paula, Marta e Luísa, são as principais herdeiras da maior fortuna do país, que no ano passado cresceu à conta das valorizações em bolsa da Galp e da Corticeira.
A família Amorim voltou a aumentar a distância face ao segundo classificado. Alexandre Soares dos Santos, ex-líder do grupo Jerónimo Martins, repete o segundo lugar no ranking, com uma fortuna agora avaliada em 2532 milhões, uma subida de 18% em relação ao ano passado, quando amealhou 2078 milhões de euros. A valorização próxima de 20% no último ano das ações do grupo que detém o Pingo Doce explicam o salto de quase 500 milhões de euros.
E explicam a hegemonia que o clã detém na lista dos portugueses mais ricos. Fernando Figueiredo dos Santos, primo do atual presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, surge no 7.º lugar, com uma fortuna estimada em 664 milhões de euros, mais 120 milhões em relação ao ano anterior, quando era o 9.º da lista.
Também prima de Alexandre Soares dos Santos e acionista da Jerónimo Martins é Maria Isabel dos Santos, que surge na 8.ª posição da lista, com uma fortuna de 664 milhões de euros. A mulher mais rica do país é dona de 10% da Sociedade Francisco Manuel dos Santos.
A fechar o pódio pelo segundo ano consecutivo surge a família Guimarães de Mello, ainda que a mais de mil milhões de euros de distância de Soares dos Santos. A família que detém o Grupo José de Mello e controla empresas como a Brisa, a Cuf e a Efacec acumulou no último ano 1471 milhões de euros, mais 181 milhões do que em 2016. As três maiores fortunas juntas equivalem a mais de 14 milhões de salários mínimos.
Ainda acima da fasquia dos mil milhões de euros está aquele que já foi o homem mais rico do país. Belmiro de Azevedo mantém a 4.ª posição do ranking, com uma fortuna de 1311 milhões de euros, mais 161 milhões quando comparado com o top de 2016. O grupo Sonae valorizou 38% em bolsa no último ano.
António da Silva Rodrigues, o dono da Simoldes, é o 5.º mais rico, mas foi o único a perder dinheiro - 77 milhões.
A maior novidade da lista dos portugueses mais ricos está nas últimas posições. O magnata da hotelaria Dionísio Pestana desaparece do top 10 para dar lugar a Maud e Pedro Queiroz Pereira. Nos últimos 12 meses, a Semapa disparou 68% em bolsa, o que explica a subida dos empresários da pasta de papel à primeira divisão da liga dos mais ricos de Portugal.

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