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sexta-feira, 28 de julho de 2017

28 de Julho de 1655: Morre o escritor e pensador francês Cyrano de Bergerac


Hercule-Savinien de Cyrano de Bergerac, conhecido como Cyrano de Bergerac, poeta, dramaturgo e pensador francês, contemporâneo de Molière e Boileau, morre em Sannois em 28 de Julho de 1655, aos 36 anos, em consequência dos ferimentos causados por uma viga que caiu sobre a sua cabeça.


Pela sua atitude desrespeitosa ante as instituições religiosas e seculares foi considerado um libertino. É tido também como um dos precursores da ficção científica.


Nasceu em París em 6 de Março de 1619, como quarto filho de Abel de Cyrano, advogado do Parlamento. Passou a maior parte da sua infância em Saint-Forget, para logo mudar-se para Paris, onde transcorreu quase toda a sua vida.

Em 1638, adoptou o sobrenome de Bergerac, correspondente às terras que o seu avô, Savinien I de Cyrano, havia comprado ao enriquecer com negócios relacionados com o sector da pesca, aquisição que permitiu à familia de Hercule-Savinien ingressar no círculo da pequena nobreza.


Escolheu a carreira militar e fez-se célebre pela sua audácia e os seus numerosos duelos. Deixou a carreira militar em 1641 depois de um ferimento na garganta por ocasião do cerco de Arras. Foi então que começou a estudar filosofia com Pierre Gassendi.


Cyrano foi um dos mais importantes escritores do século XVII em França e uma personalidade verdadeiramente eclética: romancista, dramaturgo, autor satírico. Antes de falecer deixou escrito um Tratado de Física, como igualmente pretendia liderar uma vanguarda cultural, uma nova filosofia de vida.


Alvo de discussão e controvérsia, foi considerado sucessivamente "um mártir livre-pensador" (Paul Lacroix), um "cientista incompreendido" (Pierre Jupont, em A Obra Científica de Savinien de Cyrano "Cyrano de Bergerac", 1907), "um libertino sem arte nem parte (Lechèvre), um "racionalista militante" (Weber) e "pretenso alquimista" (Eugéne Conseliet).


As suas obras foram editadas muitas vezes, especialmente em 1851 por Leblanc Duvernet, e em 1858 por Paul Lacroix, conhecido como "O Bibliófilo Jacob".


Em "Historia Cómica dos Estados", considerada como uma das primeiras novelas de ficção científica, Cyrano dividiu-a em duas partes: "História Cómica dos Estados e Impérios da Lua", publicada em 1657 pelo seu amigo Lebret,  e "História Cómica dos Estados e Impérios do Sol", publicada em 1662. Cyrano escreve na primeira pessoa a viagem que realiza à Lua e ao Sol e as observações que faz das pessoas que encontra, cujo modo de vida é, às vezes, chocante e totalmente distinto do nosso. Esta viagem imaginária é, antes de mais nada, um pretexto para expressar a sua filosofia materialista e fazer uma crítica à sociedade e às ideias e crenças da época. Os dois relatos foram publicados a título póstumo.


Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)


 


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