O Centro Hospitalar do Algarve, uma criação da anterior administração nomeada pelo Governo de Passos Coelho, integra os hospitais de Faro, Portimão e Lagos, obedecia à lógica da concentração de meios como forma de redução de custos mas também da degradação da qualidade do serviço neles prestado.
A esta redução de custos e consequente degradação, está associada as constantes "visitas" das bactérias que estão na origem das infecções hospitalares. Isto porque se chegou ao ponto de se pedir a redução na requisição de luvas, como se a própria falta de pessoal, já não bastasse para serem omitidos os procedimentos de higienização na substituição daquele material, transmitindo as bactérias de doente para doente.
O Centro Hospitalar provoca uma dispersão de meios técnicos, humanos e financeiros, não permitindo a prestação de cuidados hospitalares adequados à população da região, região que dá um contributo importante para o equilíbrio da balança de pagamentos através do turismo.
Convém lembrar que o Hospital Central foi uma das infraestruturas a ser criada na campanha para a realização do Campeonato Europeu de Futebol de 2004.
Depois de um troca de galhardetes entre os deputados algarvios, eleitos pelos partidos da rosa e da laranja azeda, cada um puxando a brasa à sua sardinha na dissertação que uns e outros proferiram sobre a necessidade do Algarve ter o Centro Hospitalar Universitário, mas sem ter em conta as reais necessidades do Povo do Algarve, veio o Costa, primeiro ministro, anunciar a nova designação do Centro.
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve, no entender daquela gentinha, procurando enganar o Povo do Algarve, destina-se a formar especialistas, como se já não o viesse fazendo, não para que os hospitais funcionassem bem, mas para o fornecimento daqueles técnicos às clínicas privadas, que segundo o deputado socialista, proliferam na província. Esqueceu-se de dizer que é na degradação do funcionamento do Serviço Nacional de Saúde que reside a principal razão do sucesso da medicina privada, a qual quando se sente à rasca, manda os doentes para o serviço publico.
O que o Algarve precisa efectivamente, e deve ser defendido por todos os algarvios, é de um Hospital Central Universitário, integrado num POLO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, dotado de meios técnicos, humanos e financeiros, capaz de formar médicos e especialistas em quantidade e qualidade, não só para o serviço hospitalar mas também para os centros de saúde.
O Algarve tem falta de médicos e por isso se recorre a empresas de contratação de médicos que os recrutam até no estrangeiro para suprimir a falta de clínicos na região. A criação de um Polo Universitário de Ciências da Saúde, com quotas para alunos da região, atrairia muitos alunos que durante o percurso académico criariam raízes na província e suprimiriam as lacunas do presente.
Infelizmente, o Terreiro do Paço, com a cumplicidade dos eleitos pela circulo eleitoral do Algarve, e o silêncio dos autarcas da região, continua a olhar os algarvios como mouros.
BASTA!
QUEREMOS O HOSPITALAR CENTRAL UNIVERSITÁRIO
olhaolivre.blogspot.pt
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