Sabrina de Sousa deveria ser extraditada para Itália esta quarta-feira, devido à condenação de que foi alvo pela sua implicação no caso do rapto de Abu Omar, mas poderá estar em vias de ser libertada
O Presidente da República italiano, Sergio Mattarella, concedeu um indulto parcial de um ano à ex-agente da CIA Sabrina de Sousa, que está detida em Portugal, onde foi presa pela primeira vez em outubro de 2015. A decisão reduz para três anos a pena de prisão efetiva que ainda lhe resta cumprir o que poderá permitir que seja libertada. Isto, numa altura em que estava iminente a extradição para Itália, depois de todos os recursos da luso-americana (tem dupla nacionalidade) terem sido rejeitados, o último dos quais pelo Tribunal Constitucional.
"Sabrina de Sousa está livre, porque foi concedida a graça da redução de pena e portanto não pode ser extraditada para Itália", garantiu o seu advogado, Dario Bolognesi, citado pelo jornal La Stampa. "Estamos satisfeitos com esta providência que devolve algum equilíbrio a esta situação", acrescentou, criticando a persistência "absurda" das autoridades italianas em "levarem à prisão" a sua constituinte. Em comunicado, a presidência da República italiana já confirmou a decisão e que, a partir de agora, a pena de prisão pode ser substituída por outras medidas. A ex-agente da CIA já tinha beneficiado, no passado, de uma redução de pena de sete para cinco anos.
Sabrina de Sousa foi condenada à revelia, em Itália, pelo seu envolvimento no rapto do radical islâmico Abu Omar, em Milão, em 2003. Omar foi depois transferido para o Egito, onde terá sido interrogado e torturado. A Itália negou sempre o seu envolvimento na operação.
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