A poesia vem de dentro dele, dos escombros
das recordações sábias que transporta nos ombros
da face enrugada, espelho da solidão
do milho que ele dá aos pombos
que não o temem e lhe vêm comer à mão
a poesia vem de dentro dele, o mar agora calmo
que conhecedor da vida lhe cabe num palmo
velho marujo combatente de tormentas
da profundeza do seu pensamento como um salmo
das mãos calejadas conhecedoras das ferramentas
a poesia vem, virá sempre
do magma e da lava que rompe
a terra que mesmo virgem é impotente
e deseja ser desflorada
pelo poeta que é gente
das recordações sábias que transporta nos ombros
da face enrugada, espelho da solidão
do milho que ele dá aos pombos
que não o temem e lhe vêm comer à mão
a poesia vem de dentro dele, o mar agora calmo
que conhecedor da vida lhe cabe num palmo
velho marujo combatente de tormentas
da profundeza do seu pensamento como um salmo
das mãos calejadas conhecedoras das ferramentas
a poesia vem, virá sempre
do magma e da lava que rompe
a terra que mesmo virgem é impotente
e deseja ser desflorada
pelo poeta que é gente
António Garrochinho
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