Depois de um curso de seis meses, a Hungria tem pronta uma força especial que vai ajudar a polícia e o exército a manter migrantes fora do país.
Sandor Jankovics tem 26 anos e deixou o emprego na Áustria no ano passado. Em entrevista à agência Reuters, diz que está orgulhoso em ser um dos quase mil recrutas que vão começar a vigiar as fronteiras em breve.
Nos últimos meses, Sandor treinou arduamente em Barcs, perto da fronteira com a Croácia. Os recrutas, que devem ter entre 18 e 55 anos, têm treino semelhante ao das forças de segurança, aprendem a lidar com grandes grupos de pessoas e a seguir rastos deixados pelos migrantes. Tal como a polícia, estes novos "caçadores de fronteiras" vão andar com uma arma, bastões, gás pimenta, algemas e óculos de visão noturna.
O salário é um dos atrativos. Todos os meses vão receber 220 mil florins, pouco mais de 700 euros, bem acima da média paga na Hungria a quem completou o ensino secundário - 161 mil florins (517 euros).
A polícia húngara espera conseguir até três mil "caçadores de fronteiras" e a recruta é contínua, incluindo em escolas.
Há poucos dias, o parlamento húngaro aprovou a detenção automática de migrantes que entram no país, uma medida que a ONU já condenou por defender que "viola as obrigações da Hungria em relação ao direito internacional e europeu".
Em 2016, dos 29.432 migrantes que tinham solicitado asilo na Hungria, apenas 425 o conseguiram. O Governo húngaro também disse que irá construir uma segunda barreira nas suas fronteiras, como já o fez em 2015 na fronteira com a Sérvia.
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