Quando o cineasta Paul Ratner estava realizando uma pesquisa para seu curta “Moses on the Mesa”, do ano de 2013, ele queria capturar, tanto quando possível, a autenticidade, pelo bem de seu filme e pelo bem dos povos nativos americanos, que sofreram muito nesse país. Em sua pesquisa, Ratner deparou-se com alguma fotografias antigas de final do século 19 e do início do século 20. Ele acabou encontrando uma oportunidade única na vida de um povo orgulhoso em meio à perda de seus meios de vida.
Em seu filme, um imigrante judeu-alemão apaixona-se por uma nativa-americana e torna-se governador de sua tribo em Acoma, no Novo México, no final dos anos 1800. “O que foi o mais gratificante para mim acerca da pesquisa de fotos antigas sobre os nativos americanos? Quando os familiares de todas as pessoas que apareciam nas fotos as descobriram através da nossa página no Facebook”, disse Ratner.
“Muitas delas nunca haviam visto essas fotos e se emocionaram ao encontrá-las. Também foi interessante quando as pessoas identificaram corretamente pessoas e tribos representadas nas fotos, já que alguns arquivos tinham informações incorretas ou incompletas. Sinto como se, através desse processo, recuperamos uma parte perdida da história”.
Elas eram fotografias originalmente em branco e preto, mas a cor foi cuidadosamente adicionada à mão. Essa foto de um homem chamado Ringing Bell foi tirada em 1908.
Alguns opinam que a adição de cor arruína a integridade das fotos, mas por outro lado lhes dá uma beleza de outro mundo. Essa fotografia é de Ute Chefe Ignacio, tirada em algum momento da década de 1870 e é surpreendente.
Muitas dessas fotos são retratos, mas outras oferecem uma mostra da vida cotidiana. Essa fotografia mostra Onetsa, Nitana e sua filha Yellow Mink, parte da nação Siksika, do sul de Alberta, Canadá, por volta da década de 1900.
Parte da razão pela qual Raftner foi capaz de encontrar tantas fotos deveu-se ao fato de que os colonizadores europeus eram fascinados pela exóticacultura nativa americana. Muitos fotógrafos viajavam com entusiasmo ao oeste na esperança de tirar fotografias como essas.
Tão explorados quanto podiam ser, não é um segredo muito obscuro das fotografias: foram tiradas enquanto pessoas como o Chefe Urso Chifre Furado, da tribo Sicangu Lakota enfrentavam terríveis opressões e discriminações.
Os nativos americanos nunca tiveram o tipo de cultura monolítica que certos estereótipos nos faziam crer. Cada tribo tinha seus próprios e únicos costumes, roupas e outras maneiras de viver.
O curta de Ratner, Moses on the Mesa, explora a problemática relação entre os colonos brancos e os nativos americanos.
Grande parte da cultura nativa americana foi eliminada desde então, mas a beleza encantadora dessas fotos e das pessoas que nelas aparecem é inegável.
Ratner disse que é inconcebível que alguém pudesse querer destruir uma cultura tão rica.
Tão tristes como a história que se esconde por trás delas, essas fotografias podem ser utilizadas para celebrar a história dos nativos americanos.
Esse belo retrato, colorido à mão, do idoso Zuni chamado Si Wa Wata Wa foi tirado no ano de 1903.
Cada uma dessas fotos imortalizam a história. Essa imagem de Chefe Lobo da tribo Cheyenne foi tirada por volta de 1898, e é um grande exemplo disso.
A mulher que aparece nessa fotografia ganhou o apelido de Mrs. Bad Gun porque ela vingou o assassinato de seu marido matando seus quatro atacantes com um rifle.
Ratner gostou muito das fotografias pela sua capacidade de capturar a verdadeira imagem dessas pessoas, a qual é traduzida no filme.
Sua beleza é simplesmente inegável. Nada mais a dizer.
É quase como se estivesse realmente ali na floresta com ela! A fotografia, de fato, tem o poder de nos levar a outro tempo. Com sorte, mais pessoas poderão ver essas fotos e poderão recordar a importância da história real dos nativos americanos.
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