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segunda-feira, 13 de março de 2017

Cristas estava bem era em Fátima, a vender figurinhas




Vale a pena escutar com atenção as declarações do CDS a propósito deste escândalo dos offshores. Em particular, vale a pena atentar nas reações da impoluta líder daquele partido, Assunção Cristas, que, aliás, por tão católica ser, faz questão de alumiar por aí que batizou todos os seus filhos de “Maria” por sentida devoção a Nossa Senhora.

Vamos a elas (notícia completa no fim deste texto).

Sobre o facto de Paulo Núncio ter trabalhado para empresas com negócios em offshores, diz a Sra. Dona Assunção Cristas:

Creio que também aí há ruído e uma coisa não tem nada a ver com a outra. E eu penso que isso ficou bastante esclarecido e não vale a pena estar a tentar criar nexos que não existem.

Não há nexos, diz ela. É uma daquelas coincidências... É só ruído. Vê-se bem que se trata de uma mente brilhante, letrada. Vejam como ela desmonta a falácia que nos impuseram:

No limite se nós acharmos que ninguém pode ter uma vida profissional antes de cargos governativos, então vamos ter um problema muito grande porque só podem ser governantes professores, académicos, professores de liceu e gente que não tem uma vida privada. Vale a pena perguntar se é o sistema que nós queremos e se é essa democracia que queremos construir.

Pois é... ninguém quer um sistema desse género... E entregar o país a professores de liceu?! Essa gentinha?! Ui... Deus nos livre. Ah, queira a Sra. Dona Assunção perdoar a invocação do nome de Deus em vão. Caros leitores, estejam todavia descansados, pois a impoluta líder do CDS diz estar muito empenhada no apuramento da verdade:

Do lado do CDS há todo o empenho em que tudo seja esclarecido, doa a quem doer. E estamos muito tranquilos nesta matéria. O próprio doutor Paulo Núncio sempre se disponibilizou e não tem nenhum problema em prestar qualquer esclarecimento ao parlamento.

Ufa! Que alívio! É que eu já estava a pensar que a Sra. Dona Assunção estava para aqui a defender o gatun... o “doutor” Paulo Núncio, mas afinal está interessada no apuramento da verdade! Doa a quem doer!

Não?

Estou enganado?

Não é doa a quem doer?

É doa a quem doer desde que o “doutor” Paulo Núncio não sofra nenhum dói-dói?

Fiquei confuso... Já não percebo nada...

O que é triste é ver gente do meu país muito preocupada com Le Pens e Trumps além fronteiras e, por cá, adorar peças destas. Até dizem que está muito bem colocada para atacar a Câmara Municipal da capital!

Assunção Cristas estava bem era em Fátima, por estes dias, junto dos outros “vendilhões do templo” a vender figurinhas dos pastorinhos. É para isso que tem talento e... caráter.
http://portodeamato.blogs.sapo.pt


Offshore: Cristas diz que não vale a pena criar nexos com a atividade profissional de Núncio





A presidente do CDS-PP defendeu hoje que "não vale a pena estar a criar nexos" que não existem entre o caso das 'offshore' e a atividade profissional que Paulo Núncio tinha antes de integrar o anterior Governo.


"Creio que também aí há ruído e uma coisa não tem nada a ver com a outra. E eu penso que isso fica bastante esclarecido e não vale a pena estar a tentar criar nexos que não existem", afirmou a líder do CDS-PP, Assunção Cristas.
A presidente do CDS-PP falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde participou na inauguração da sede de campanha do candidato centrista àquela autarquia, Adolfo Mesquita Nunes.
Questionada sobre as notícias que referem que o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio está ligado ao registo de cerca de 120 novas sociedades na Zona Franca da Madeira e que também foi advogado da empresa petrolífera venezuelana PDVSA, responsável pela saída da "maior fatia" da saída de dinheiro para 'offshore', Cristas salientou "que há vontade de confundir os temas" e que Portugal terá "um problema muito grande", caso se defenda que os detentores de cargos políticos não tenham tido atividade profissional previamente.
"No limite se nós acharmos que ninguém pode ter uma vida profissional antes de cargos governativos, então vamos ter um problema muito grande porque só podem ser governantes professores, académicos, professores de liceu e gente que não tem uma vida privada. Vale a pena perguntar se é o sistema que nós queremos e se é essa democracia que queremos construir", frisou.
Para Assunção Cristas, durante as audições no parlamento ficou claro que "não há responsabilidades políticas" de Paulo Núncio e, além disso, "o facto de haver transferências que não foram reportadas no tempo do atual Governo" também demonstra que não houve "nenhum tipo de interferência política" nessa matéria.
Segundo a presidente do CDS-PP, o partido está tranquilo e continua "genuinamente empenhado" em clarificar totalmente esta matéria.
"Do lado do CDS há todo o empenho em que tudo seja esclarecido, doa a quem doer. E estamos muito tranquilos nesta matéria. O próprio doutor Paulo Núncio sempre se disponibilizou e não tem nenhum problema em prestar qualquer esclarecimento ao parlamento", acrescentou.

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