O ex-presidente da CGD, António Domingues, tem a sua fortuna financeira no BPI, do qual era vice-presidente quando aceitou o convite do ministro das Finanças para liderar o banco do Estado.
Na declaração de rendimentos que apresentou no Tribunal Constitucional (TC) a 28 de novembro de 2016, relativa ao início de funções na CGD, o banqueiro afirma ter 3,7 milhões de euros no BPI. E refere que pagou mais de 6,3 milhões de euros de IRS entre 1990 e 2015. Domingues tem uma situação patrimonial semelhante a outros administradores da sua ex-equipa na CGD: além do banqueiro, também Pedro Leitão, Pedro Norton, Tiago Raveira Marques, Rui Vilar e João Paulo Tudela Martins (os dois últimos transitaram da administração anterior para a de Paulo Macedo), têm uma fatia relevante das suas poupanças no BPI, contra verbas mais escassas na CGD. Domingues e Rui Vilar são acionistas do BPI e Raveira Marques e Tudela Martins têm opções de compra sobre ações do BPI.
O banqueiro tem na CGD 80 mil euros e é detentor de 56 042 ações do BPI. Domingues, que foi o único a pedir ao TC que mantivesse confidencial a sua declaração de rendimentos, é também dono de dois Porsche 911, um de 1972 e outro de 1995, e de um veleiro, adquirido em 2014 e pelo qual paga 3270 euros por mês. Domingues demitiu- -se do cargo no final de novembro de 2016, mas manteve-se em funções até ao fim do ano. Até ontem, Domingues não tinha apresentado a declaração de rendimentos de cessação de funções, como determina a lei.
http://www.cmjornal.pt/
Sem comentários:
Enviar um comentário