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quinta-feira, 16 de março de 2017

16 de Março de 1935: A Alemanha de Hitler repudia as cláusulas de desarmamento previstas no Tratado de Versalhes. Começa o reequipamento militar do país.


No dia 16 de Março de 1935, aproveitando a calma do fim de semana, Adolf Hitler anuncia o restabelecimento do serviço militar obrigatório e decide aumentar em 400 mil o efectivo da Wehrmacht.

Esta foi a primeira violação flagrante do Tratado de Versalhes. A comunidade internacional e a Sociedade das Nações em Genebra não ousaram repreender a decisão. No dia seguinte, a medida do Führer é celebrada com grandes festividades em todo o Reich.

A operação revelou a habilidade táctica de Hitler, que brincava com as aspirações de pacifistas do mundo todo para tornar os seus desejos realidade.

No começo daquele ano, em 13 de Janeiro, houve um plebiscito no Sarre, uma região fronteiriça entre a França e a Alemanha determinada pelas disposições do Tratado de Versalhes. Com uma esmagadora maioria, os habitantes sarrenses votaram pela reintegração da região ao território alemão, que já vivia há dois anos o domínio nazi.

A escolha livremente expressa pela população do Sarre era reflexo do governo nazi e, por extensão, da sua propaganda e sucesso económico. Fortalecido por este êxito,  o Führer pôde anunciar pouco depois que o seu país não tinha mais qualquer reivindicação territorial a oeste. Mais além, renunciou a qualquer pretensão sobre a Alsácia-Lorena, território mais emblemático da rivalidade franco-germânica de então.

Este discurso tranquilizaria os mediadores europeus, que não possuiam muitas exigências. Mas o restabelecimento do serviço militar obrigatório teve o efeito de balde de água fria. Entretanto, sempre hábil, Hitler pronuncia pouco depois um novo discurso em que reitera as suas intenções pacifícas e seu desejo pela paz no continente.

A opinião pública das democracias europeias ficaria tranquilizada. A justificação do chanceler era a de que com este tipo de providência, estava  a exercer o direito legítimo do seu país à auto-defesa. Hitler também alegava que sua decisão contestava a inércia das demais potências frente aos seus pedidos de revisão do Tratado de Versalhes.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

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