Documentos agora desclassificados indicam que serviços secretos alemães suspeitavam de Marika Rökk
Uma das maiores estrelas do cinema alemão na era nazi e no pós-guerra era afinal suspeita de ser uma espia ao serviço da União Soviética, revelam documentos secretos agora desclassificados.
Marika Rökk esteve mesmo proibida de representar durante dois anos, por causa das ligações ao regime nazi, mas na realidade os serviços secretos alemães acreditavam que passava informação sobre o Terceiro Reich a Moscovo.
Rökk nasceu no Cairo, filha de pais húngaros, e cresceu em Budapeste. A sua carreira começou em 1930 e descolou durante o regime nazi, que queria estrelas "domésticas" para competir com o glamour de Hollywood. Durante os anos que antecederam a II Guerra Mundial e durante o conflito participou em cerca de duas dezenas de filmes e diz-se que era a uma das atrizes favoritas de Hitler - há mesmo um postal de Rökk, datado de 1940, a agradecer flores que Hitler lhe tinha enviado.
Pensa-se que tenha sido recrutada como pelo KGB através do seu agente Heinz Hoffmeister. As primeiras suspeitas sobre as suas ligações à então União Soviética surgem em documentos de 1951, o mesmo ano em que anunciou que ia abandonar o cinema para se dedicar a outros negócios, embora não se saiba se tinha noção de que era suspeita de espionagem.
Rökk acabou por continuar a participar em filmes, até ao final dos anos 80. Morreu em 2004, aos 90 anos.
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