A Máfia do Bloco Central (ou como é impossível deixar de relacionar três notícias)
Ângelo Correia elogia atitude de Costa por ter mostrado coragem de avançar
O social-democrata Ângelo Correia [ex-administrador da Liscont (Empresa de Estiva da Mota-Engil)] considera que António Costa se colocou numa posição de vantagem, quer perante os militantes, quer perante a opinião pública. Ângelo Correia elogiou, esta noite, na SIC Notícias a coragem do autarca de Lisboa, por ter decidido avançar para corrida à liderança do PS. | SIC
Lucro da Mota-Engil dispara mais de 30%
O lucro da Mota-Engil disparou 32,6% para 7,3339 milhões de euros entre Janeiro e Março deste ano, face aos 5,5 milhões observados no primeiro trimestre de 2013, segundo comunicou hoje o grupo à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). | Económico
Resposta a uma provocação
Se as Associações Patronais assinam uma carta com data posterior ao acordo alcançado, em termos que, deverão reconhecer, é pouco consentâneo com quem está vinculado a um acordo, quando se lamentam sobre a realidade anterior ao mesmo, parece-nos não fazer grande sentido. O que se passou desde o acordo em diante foi o escrupuloso cumprimento deste por parte do Sindicato e dos trabalhadores que representa, mesmo confrontados com dificuldades e demoras adicionais, desde o atraso na reintegração dos despedidos – prevista no acordo – até aos repetidos salários em atraso para os trabalhadores da empresa de trabalho portuário de Lisboa – AETPL, o maior empregador de estivadores do porto. | O Estivador
O António Costa diz que é do PS. O Ângelo Correia, ao que parece, é do PSD. O Jorge Coelho, que também se diz do PS e não consta que se dê mal com o António Costa, divide com Dias Loureiro a liderança bicéfala do regime. Na cadeia de comando as tarefas estão bem divididas. António Vitorino e Luís Amado constituem a frente diplomática e sempre que o bolo se apresenta maior do que a famiglia tratam com cavalheirismo dos negócios comuns. Para a gestão das horas difíceis activa-se a célula de outro tipo de rufias, como o Armando Vara ou o Duarte Lima, e a coisa resolve-se a bem ou a mal ao primeiro crepúsculo que a agenda permita.
Em suma, António Costa está a comprar uma guerra desigual com António José Seguro, e para isso está pressionado a concretizar a liquidez necessária para equilibrar a corrida. Nas catacumbas do Largo do Rato, contudo, é conhecida a desenvoltura dos roedores para saltar de barco sem ter que esperar que aquele onde navegam vá ao fundo. Para desbravar o labirinto estatutário onde António José Seguro se refugiou, as poucas armas de António Costa são acenar quer com a luxuria do banquete quer com os seus patrocinadores. Há um preço, mas os credores terão duas vias para sair, como sempre, sem perder. Se tudo correr bem, os negócios continuarão equilibrados ao mais alto nível, se correr mal haverá sempre como ajustar as contas à escala do Município de Lisboa, cidade portuária de abrigo de toda a estratégia da Mota-Engil, sobretudo daquela que desenvolve ao nível da sua expansão internacional. Sabendo como salivam os mais gulosos pelo Porto de Lisboa - terrenos e actividade portuária – a mais recente provocação das associações patronais lembra de imediato o comportamento das crianças, já na idade da ganância, a correrem desajeitadas para um pote de doces.
obeissancemorte.wordpress.com
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