Horribilis
Uma crónica sobre o horribllis ano 2012, sobre um tempo esperável…um texto lúcido de João Paulo Guerra…mas será que o próximo ano não poderá ser alterado, mostrando que o destino está nas nossas mãos e não num Salazar desta vez trasvestido de “democrata” e ainda por cima bilingue (alemão e mandarim)? Nós pensamos que sim, basta um clique, ferramentas já possuímos, convém usá-las.
«A constatação de que 2011 foi para os portugueses um ano horribilis só é contrabalançada pela certeza de que 2012 será ainda pior.
O empobrecimento, única receita do Governo para a chamada crise, deu apenas os primeiros passos e adoptou as primeiras medidas para uma pobreza sustentada, digamos assim. E os portugueses, por prevenção ou falta de meios, já gastaram menos este Natal. Mas ainda assim festejaram, embora mais comedidamente. Para o ano que vem é duvidoso que a esmagadora maioria dos portugueses - os que vivem de rendimentos fixos, sejam salários ou reformas - encontre meios ou tenha mesmo algum motivo para festejos. E a esta maioria de portugueses ter-se-ão acrescentado entretanto as vítimas da recessão provocada pela contracção forçada do consumo interno.
A grande questão, em relação a Portugal, é que para a imensa maioria da população não se trata de eliminar hábitos de consumismo - como já se escreveu -, mas de cortar no consumo básico, certamente um pouco melhorado pois isso deve fazer parte da evolução das economias e das aspirações das sociedades, mas ainda assim contido nos limites de um país que era dos que dispunha de poder de compra mais reduzido na Europa.
Neste contexto, os costumeiros votos de «próspero ano novo» constituem em Portugal uma manifestação de maldoso sarcasmo. O ano de 2012, em primeiro lugar, não é novo: é a continuação, extremada, das desastrosas políticas dos últimos governos, agora vigiadas pelos prestamistas que tomaram conta do País. Em segundo lugar, 2012 vai ser o primeiro ano de uma nova contagem do tempo planeada para Portugal: um tempo de miséria, exploração, desigualdade, eliminação de direitos e repressão. Para salazarismo, só falta um Salazar. Ou será que já o encontraram?»
«A constatação de que 2011 foi para os portugueses um ano horribilis só é contrabalançada pela certeza de que 2012 será ainda pior.
O empobrecimento, única receita do Governo para a chamada crise, deu apenas os primeiros passos e adoptou as primeiras medidas para uma pobreza sustentada, digamos assim. E os portugueses, por prevenção ou falta de meios, já gastaram menos este Natal. Mas ainda assim festejaram, embora mais comedidamente. Para o ano que vem é duvidoso que a esmagadora maioria dos portugueses - os que vivem de rendimentos fixos, sejam salários ou reformas - encontre meios ou tenha mesmo algum motivo para festejos. E a esta maioria de portugueses ter-se-ão acrescentado entretanto as vítimas da recessão provocada pela contracção forçada do consumo interno.
A grande questão, em relação a Portugal, é que para a imensa maioria da população não se trata de eliminar hábitos de consumismo - como já se escreveu -, mas de cortar no consumo básico, certamente um pouco melhorado pois isso deve fazer parte da evolução das economias e das aspirações das sociedades, mas ainda assim contido nos limites de um país que era dos que dispunha de poder de compra mais reduzido na Europa.
Neste contexto, os costumeiros votos de «próspero ano novo» constituem em Portugal uma manifestação de maldoso sarcasmo. O ano de 2012, em primeiro lugar, não é novo: é a continuação, extremada, das desastrosas políticas dos últimos governos, agora vigiadas pelos prestamistas que tomaram conta do País. Em segundo lugar, 2012 vai ser o primeiro ano de uma nova contagem do tempo planeada para Portugal: um tempo de miséria, exploração, desigualdade, eliminação de direitos e repressão. Para salazarismo, só falta um Salazar. Ou será que já o encontraram?»
1 comentário:
Alguém saberia me informar o nome e autor da obra de arte desse artigo? Obrigado
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