Toma lá um set-aside nos tomates
Revoltado porque estamos entregues aos porcos (porcos orwellianos, para quem notou a referência).
Hoje em pesquisas para tentar descobrir porque é que Portugal deixou de explorar milhares de hectares de terrenos agricolas cheguei ao programa 'SET-ASIDE', que em português é como quem diz pousio.
O programa Set-aside, segundo a wikipédia, foi criado como uma medida política pela União Europeia em 1988 para ajudar a reduzir os custos da produção excedentária na Europa.
Descobri este programa 'Set-aside' num documento que fala sobre a Política Agrícola Comum (PAC, não confundir com PEC), e que nos explica o seguinte:
Set-aside – Consiste em deixar em pousio cerca de 15% da área das explorações agrícolas que produzem mais de 92 toneladas por ano.
Objectivo: redução dos produtos excedentes.
Implicações da norma no sector dos cereais: impediu os agricultores portugueses de produzirem certos cereais de forma a não concretizarmos o nosso objectivo que consistia em desenvolver a agricultura, principalmente no Alentejo.
Ou seja, a União Europeia pagou-nos (a mim não, mas a alguém...) um prémio para deixarmos de explorar terrenos agrícolas que na perspetiva da UE, cria produtividade excedentária, porque na Europa já não seria preciso tanta produção. E como tal, pagam-nos para deixarmos de criar produção soberana.
O que acontece é que enquanto esses terrenos estão parados, a procura aumentou e hoje em dia importamos quase tudo do estrangeiro em vez de produzirmos nossos.
Ora, se não produzimos produto para nós, temos de importar dos vizinhos europeus e assim criar mais dívida.
Mas o que estou a dizer não é novidade.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em 2006, criou um documento que pode ser visto aqui, em que avisam:
A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) também avisou:
Mesmo sem considerar o set-aside, Portugal tem hoje 2 milhões de hectares de terreno ao abandono, que poderia ser explorado para benefício nacional.
Hoje em dia quando vamos às compras, mais de metade dos produtos alimentares disponíveis são de origem estrangeira, contribuindo assim para as economias estrangeiras e prejudicando a nossa. Como é que poderiamos algum dia recuperar a dívida se nos limitamos a gastar dinheiro importando produtos, quando deviamos era produzir cá para exportar?
Deixo as perguntas no ar:
Para onde terão ido parar estes prémios?
Quem serão os responsavéis, ou seja, quem serão os PACmans?
Hoje em pesquisas para tentar descobrir porque é que Portugal deixou de explorar milhares de hectares de terrenos agricolas cheguei ao programa 'SET-ASIDE', que em português é como quem diz pousio.
O programa Set-aside, segundo a wikipédia, foi criado como uma medida política pela União Europeia em 1988 para ajudar a reduzir os custos da produção excedentária na Europa.
Descobri este programa 'Set-aside' num documento que fala sobre a Política Agrícola Comum (PAC, não confundir com PEC), e que nos explica o seguinte:
Set-aside – Consiste em deixar em pousio cerca de 15% da área das explorações agrícolas que produzem mais de 92 toneladas por ano.
Objectivo: redução dos produtos excedentes.
Implicações da norma no sector dos cereais: impediu os agricultores portugueses de produzirem certos cereais de forma a não concretizarmos o nosso objectivo que consistia em desenvolver a agricultura, principalmente no Alentejo.
Ou seja, a União Europeia pagou-nos (a mim não, mas a alguém...) um prémio para deixarmos de explorar terrenos agrícolas que na perspetiva da UE, cria produtividade excedentária, porque na Europa já não seria preciso tanta produção. E como tal, pagam-nos para deixarmos de criar produção soberana.
O que acontece é que enquanto esses terrenos estão parados, a procura aumentou e hoje em dia importamos quase tudo do estrangeiro em vez de produzirmos nossos.
Ora, se não produzimos produto para nós, temos de importar dos vizinhos europeus e assim criar mais dívida.
Mas o que estou a dizer não é novidade.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), em 2006, criou um documento que pode ser visto aqui, em que avisam:
Estes últimos 20 anos foram pautados por políticas agrícolas nacionais onde sobressai:
Uma afectação de recursos financeiros socialmente distorcida, centrada nos sectores de grandes áreas e explorações (cereais/arvenses, carne em regime extensivo, set-aside/pousio a receber sem nada produzir, etc.).
Veio a Reforma da PAC em 1992 e tudo se começou a alterar, PARA PIOR :
- Diminuição dos Preços ao Produtor, [...], pagar para não se produzir, (o tristemente famoso set-aside).
VINTE ANOS DEPOIS E APÓS 30 000 MILHÕES DE EUROS GASTOS EM NOME DA AGRICULTURA:
# Temos menos explorações e menos Agricultores
# Temos 150.000 hectares (com tendência a aumentar) improdutivos, em Pousio/Set aside.
# Vimos diminuir a nossa Soberania Alimentar e aumentar o déficit da Balança Agro-Alimentar.
A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) também avisou:
Finalmente chama-se a atenção para o aumento significativo das áreas em set-aside, que em 2002 atingiu cerca de 22% da área total.
Mesmo sem considerar o set-aside, Portugal tem hoje 2 milhões de hectares de terreno ao abandono, que poderia ser explorado para benefício nacional.
Hoje em dia quando vamos às compras, mais de metade dos produtos alimentares disponíveis são de origem estrangeira, contribuindo assim para as economias estrangeiras e prejudicando a nossa. Como é que poderiamos algum dia recuperar a dívida se nos limitamos a gastar dinheiro importando produtos, quando deviamos era produzir cá para exportar?
Deixo as perguntas no ar:
Para onde terão ido parar estes prémios?
Quem serão os responsavéis, ou seja, quem serão os PACmans?
Nós cá não sabemos, mas provavelmente serão parecidos à personagem do jogo, só querem é enfardar.
A revolta dos griséus
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