Sexta-feira, 8 de Abril de 2011
FEEF/FMI – Ajuda, sim... mas primeiro para "quem mais precisa"
O Sérgio Ribeiro faz uma série de (in)pertinentes perguntas sobre quais os reais beneficiários da “pesada ajuda” europeia que aí vem. À questão sobre se a “ajuda” se destina aos desempregados, aos pensionistas a quem cortaram as pensões, aos funcionários públicos a quem cortaram os vencimentos, aos doentes a quem tiraram as credenciais para os transportes e os centros de saúde na sua terra, às famílias a quem prometeram a facilidade de casa, carro e férias a crédito... para agora os terem presos pelo pescoço e de garrote bem apertado... o Sérgio Ribeiro responde aquilo que só não vê quem não quer: a “ajuda” é para beneficiar em primeiro lugar... e em segundo, em terceiro, em quarto, quinto... ... os credores de toda esta gente. Os bancos!
A crua realidade não demorou a confirmar esta “má vontade” do economista comunista. As notícias não tardaram: mesmo antes de acontecer seja o que for... os bancos portugueses já estão a ganhar muito dinheiro, com as cotações das suas ações a subir no mercado de capitais. Sobretudo, os bancos dos dois banqueiros que mais engrossaram a voz para ordenar a Sócrates que pedisse a “ajuda”, a saber, Carlos Santos Ferreira, pelo BCP e Ricardo Salgado, em nome da família Espírito Santo e do BES, cujos títulos, em apenas um dia valorizaram cerca de 5 por cento.
É assim como que uma espécie de recompensa pela sua intransigente defesa dos “valores” nacionais... o que, particularmente no caso do Dr. Ricardo Salgado é um desígnio que já inspira a família há muitas décadas. Pelo menos desde o tempo em que o avô Espírito Santo, também ele Ricardo, trabalhava estreita e diretamente com Oliveira Salazar e colaborava ativamente com os nazis, simpatia essa que lhe valeu muitos negócios e muito, muito dinheiro.
Samuel O cantigueiro
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