Uma delegação do PCP, encabeçada por Paulo Sá, deputado deste partido eleito pelo círculo do Algarve, vai estar em Cacela Velha e no sítio da Fábrica, no dia 2 de Abril, a próxima segunda-feira, às 16h30, para auscultar «quem vive e trabalha na Ria Formosa» sobre os problemas locais.
Esta visita acontece cerca de um mês depois da tempestade que arrasou a duna da Península de Cacela, espalhando as suas areias na ria e escavando a arriba junto a esta aldeia histórica. Uma situação que, como o Sul Informação avançou na altura, levou a que o último produtor de ostras de Cacela Velha tenha desistido da sua atividade.
A mesma tempestade que assoreou aquele que antes da abertura de uma barra frente à aldeia era um canal fundo, também escavou a arriba que sustenta a Fortaleza de Cacela, o que levou a alertas da Adrip , uma associação local de defesa do património, e de arqueólogos para o eventual risco de derrocada de elementos deste monumento.
Segundo o PCP, com esta ação pretende-se fazer «o levantamento de problemas sentidos no terreno, com vista à intervenção na Assembleia da República e autarquias».
Em Dezembro passado, o Grupo Parlamentar do Partido Comunista já tinha levado a questão do assoreamento da ria, em Cacela Velha e na Fábrica, à Assembleia da República.
Na altura, Paulo Sá questionou o instava o ministério do Ambiente a reconhecer «que o processo de destruição do cordão dunar e de assoreamento da barra e dos canais de navegação na zona da Fábrica/Cacela Velha coloca em risco este valioso património natural e prejudica, ou mesmo inviabiliza, as atividades económicas aí desenvolvidas de pesca, produção de bivalves e marítimo-turísticas».
Por outro lado questionou o Governo se pretendia «proceder à realização de dragagens e ao reforço do cordão dunar nesta zona da Ria Formosa» e quando.
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