"Cada um de vós dirá se é muito ou pouco", escreveu Ascenso Simões
O socialista Ascenso Simões publicou no Facebook, esta segunda-feira, os seus recibos de vencimento enquanto deputado na Assembleia da República, relativos ao mês de abril deste ano. Na mesma publicação apresenta dois documentos: um relativo ao seu vencimento e outro a despesas de transporte.
"Estes foram os meus recibos relativos a Abril. Estou disponível para explicar cada uma das parcelas. Cada um de vós dirá se é muito ou pouco. Quando aceitei a função já sabia quais eram as regras", escreveu o deputado eleito por Vila Real.
Assim, Ascenso Simões apresenta um ordenado ilíquido de 3.624,41 euros, mais 1.591,37 euros de ajudas de custo e 370,32 euros relativos a exclusividade, que aparecem, segundo o próprio, "erradamente" indicados "como despesas de representação".
A publicação surge depois de o Jornal de Notícias ter noticiado, esta segunda-feira, que os deputados da Assembleia da República, com os apoios e subsídios estatais, quase que duplicam o salário. Segundo o mesmo jornal, este ano, a Assembleia da República já somou 1.206.140, 86 euros em despesas de deslocações dos deputados. Em 2017, o valor chegou aos 3.221.092, 76 euros.
O tema surge também depois da polémica, divulgada pelo Expresso, dos deputados da Madeira e Açores que somaram à compensação fixa paga pelo Parlamento para deslocações às ilhas um subsídio social de mobilidade. Esta situação já levou, inclusivamente, à renuncia de um deputado do Bloco de Esquerda, Paulino Ascenção.
Numa nota enviada à comunicação social, disse que "esta foi uma prática incorreta" e que, por isso, apresenta o seu "pedido desculpa".
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1 comentário:
Na Suécia os deputados andam de transportes públicos, dormem em apartamentos de serviço de 18 metros quadrados quando precisam de ir à capital e lavam a roupa no parlamento.
E o primeiro-ministro lava e passa a sua roupa e trata das limpezas domésticas nos intervalos da governação.
É esta a vida dos políticos na Suécia, país onde o último grande escândalo político está relacionado com a compra de duas viagens de comboio e um pacote de amendoins por um deputado, e onde uma vice primeira-ministra já perdeu o cargo por ter comprado um chocolate com um cartão de crédito do governo.
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