O Exército anunciou na quanta-feira a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois paiolins. O anterior governo aplicou um corte de 13% ao orçamento da Defesa, entre 2011 e 2013.
De acordo com um comunicado enviado à imprensa, o ramo das Forças Armadas indica que foi detectado o desaparecimento de munições de calibre 9 milímetros e «cerca de uma centena» de granadas de mão ofensivas.
De acordo com o Expresso, na passada quarta-feira foi detectado um buraco na rede metálica dupla que circunda o perímetro dos paióis pelas patrulhas móveis que fazem rondas aleatórias.
Segundo o semanário, a vertente poente foi alvo de uma requalificação no final do ano passado, estando já em concurso a «reconstrução» das restantes vedações. Uma fonte policial envolvida na investigação disse ao Diário de Notícias que o sistema de videovigilância está inoperacional há dois anos.
O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, reconheceu a gravidade da situação e afirmou que serão iniciadas averiguações sobre o caso, em Bruxelas, onde participa numa reunião de ministros da Defesa da NATO.
O sector amplamente visado pelos cortes orçamentais aplicados pelo anterior governo, do PSD e do CDS-PP. Entre 2011 e 2013, o orçamento para a Defesa foi reduzido em mais de 300 milhões de euros, um corte de cerca de 13%.
Para além das consequências para os equipamentos e instalações das Forças Armadas, esse corte foi também imposto à custa dos direitos dos militares, de que é exemplo o apoio aos seus familiares – como no recente caso da morte de um militar português em missão no Mali –, reduzindo de seis vezes o salário bruto para três vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), o que actualmente significa 1263,96 euros.
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