Depois do acidente, o Ministério garantiu que helicóptero fez aterragem de emergência. Proteção civil falou em toque controlado no chão. Relatório aponta no sentido contrário. Veja as fotografias.
O primeiro relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAAF) sobre o acidente com um helicóptero a 16 de julho no combate a um incêndio em Alijó confirma a versão inicial dos factos desmentida pouco depois pelo Ministério da Administração Interna.
Na altura, a um domingo, começou logo por falar-se numa queda, mas pouco depois fonte oficial do ministério corrigiu a informação para "aterragem de emergência" na sequência de uma avaria, recusando a ideia de queda.
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Em declarações aos jornalistas, Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, afirmou no próprio dia que o que aconteceu foi um "incidente" durante uns testes ao balde na barragem de Vila Chã: "Houve uma anomalia com o aparelho, tendo o piloto conseguido ir em segurança até à margem e sendo nesse momento que se deu o incidente com o helicóptero a tocar o chão de forma algo controlada pelo piloto".
A ideia de queda tinha sido no entanto dada pouco antes numa notícia da agência Lusa que citava o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Álvaro Ribeiro.
Recorde-se que foi dias depois deste caso que foi anunciada a decisão de centralizar a informação sobre os incêndios na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa, naquilo a que os críticos classificaram como a "lei da rolha".
Ainda nesse domingo, um comunicado da empresa dona dos helicópteros que combatem as chamas tinha confirmado o acidente, mas nunca detalhou o que aconteceu.
As fotos do helicóptero "destruído"
Agora, o relatório da entidade que oficialmente investiga acidentes com aeronaves confirma que o piloto não sofreu qualquer ferimento mas nunca fala em aterragem de emergência. Ao resumir os danos na aeronave o documento é muito claro ao dizer que ficou "destruída".
Contrariando as explicações oficiais, é explicado que momentos depois de ter tido dificuldades com a operação do balde na barragem, "a aeronave entrou em instabilidade, desconhecendo-se nesta fase da investigação, se o aparelho sofreu uma perda de estabilidade, ou algum tipo de toque em alguma superfície da represa".
"Apesar da tentativa por parte do piloto de recuperar a estabilização do voo do helicóptero, o mesmo acabou por girar em volta do eixo vertical tendo as pás do rotor embatido na água. O aparelho tocou o solo e rolou para direita, ficando imobilizado na beira da represa", explica o documento do GPIAAF.
As fotografias publicadas na nota do gabinete, as primeiras do helicóptero depois do acidente, mostram como ficou a aeronave.
Além das imagens e das explicações do relatório, duas fontes ligadas ao caso garantiram à TSF que não têm dúvidas que aquilo que aconteceu e viram não foi uma aterragem de emergência.
Contactado, o Ministério da Administração Interna responde agora dizendo "que questões operacionais devem ser remetidas para a Autoridade Nacional de Proteção Civil".
www.tsf.pt
Na altura, a um domingo, começou logo por falar-se numa queda, mas pouco depois fonte oficial do ministério corrigiu a informação para "aterragem de emergência" na sequência de uma avaria, recusando a ideia de queda.
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Em declarações aos jornalistas, Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, afirmou no próprio dia que o que aconteceu foi um "incidente" durante uns testes ao balde na barragem de Vila Chã: "Houve uma anomalia com o aparelho, tendo o piloto conseguido ir em segurança até à margem e sendo nesse momento que se deu o incidente com o helicóptero a tocar o chão de forma algo controlada pelo piloto".
A ideia de queda tinha sido no entanto dada pouco antes numa notícia da agência Lusa que citava o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Álvaro Ribeiro.
Recorde-se que foi dias depois deste caso que foi anunciada a decisão de centralizar a informação sobre os incêndios na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa, naquilo a que os críticos classificaram como a "lei da rolha".
Ainda nesse domingo, um comunicado da empresa dona dos helicópteros que combatem as chamas tinha confirmado o acidente, mas nunca detalhou o que aconteceu.
As fotos do helicóptero "destruído"
Agora, o relatório da entidade que oficialmente investiga acidentes com aeronaves confirma que o piloto não sofreu qualquer ferimento mas nunca fala em aterragem de emergência. Ao resumir os danos na aeronave o documento é muito claro ao dizer que ficou "destruída".
"Apesar da tentativa por parte do piloto de recuperar a estabilização do voo do helicóptero, o mesmo acabou por girar em volta do eixo vertical tendo as pás do rotor embatido na água. O aparelho tocou o solo e rolou para direita, ficando imobilizado na beira da represa", explica o documento do GPIAAF.
Além das imagens e das explicações do relatório, duas fontes ligadas ao caso garantiram à TSF que não têm dúvidas que aquilo que aconteceu e viram não foi uma aterragem de emergência.
Contactado, o Ministério da Administração Interna responde agora dizendo "que questões operacionais devem ser remetidas para a Autoridade Nacional de Proteção Civil".
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