Em Cleveland, Donald Trump aceitou ser candidato à Casa Branca.
No discurso que fechou a convenção do Partido Republicano defendeu que os EUA "não se podem dar ao luxo de serem politicamente corretos"
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Reportagem da enviada especial da TSF Judith Menezes e Sousa
A América inventou o politicamente correto mas o candidato "da lei e da ordem" , como se assume o empresário Donald Trump, decreta que isso já não é viável.
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Donald Trump aceita a nomeação
"Já não nos podemos dar ao luxo de ser tão politicamente corretos", disse o candidato escolhido pelo Partido Republicano, para concorrer à Casa Branca.
Trump afirmou que "conhece bem o sistema e por isso pode "consertá-lo".
O milionário prometeu levar o partido Republicano "de volta à Casa Branca" e disse que " humildemente" aceita a "nomeação para a presidência dos Estados Unidos",
De Hillary Clinton , a rival democrata, que deverá ser nomeada na Convenção da próxima semana, em Filadélfia, Donald Trump diz que deixou "um legado de morte, destruição, terrorismo e fraqueza", enquanto Secretária de Estado.
E acusa-a de ser apenas "uma marioneta" nas mãos dos grandes interesses que "puxam os cordelinhos".
A plateia da Convenção gritou."lock her up" (prendam-na), mas Trump fez uma pausa, encolheu os ombros e remeteu a sentença para as presidenciais:
"Vamos derrotá-la em Novembro", disse, numa referência à ida às urnas marcada para o dia 8.
O candidato republicano manifestou a convicção de que irá buscar votos entre os apoiantes do outro outsider, Bernie Sanders, o rival de Hillary, nas primárias democratas.
"Os apoiantes dele vão juntar-se ao nosso movimento porque nós vamos resolver o problema que eles querem, dos acordos comerciais", afirmou Trump.
Ao longo de uma hora, Donald Trump, fez soar a música que a plateia queria ouvir: sem concretizar, prometeu renegociar os tratados comerciais "responsáveis pela perde de postos de trabalho", derrotar o Daesh,,baixar impostos, garantir a posse de arma, criar empregos, travar a imigração ilegal com um muro.
"Vamos construir um grande muro para pôr fim à imigração ilegal, para pôr fim aos gangues e à violência, para impedir a entrada da droga", disse pelo meio de fortes aplausos e de gritos "Build the wall/Construam o muro".
Para dentro do Partido Republicano, garantiu que, se for presidente vai nomear um juiz para o Supremo que seja "judicialmente conservador".
Para fora, deu voz a uma nova atitutde americana no mundo:os aliados que se cuidem:
"Os países que estamos a proteger, com um imenso peso para nós, serão chamados a pagar parte deles", prometeu o candidato.
"América primeiro e em primeiro", foi a expressão mais repetida por Donald Trump que prometeu ser "a voz" dos americanos, por que, disse, entrou na arena política "para defender os indefesos".
Trump foi apresentado pela filha Ivanka, que iniciou uma nova linha de argumentação a pensar no eleitorado feminino e afro-americano, garantiu que o pai "não vê cores, nem géneros", apenas mérito.
Esta estratégia já tinha resultado, durante a Convenção, na presença constante, na tribuna, de mulheres e de vozes ligadas às comunidades afro-americana e latina.
Na intervenção Donald Trump agradeceu o apoio da Igreja Evangélica e prometeu defender os direitos da comunidade LGBT, agradecendo à plateia os aplausos a essa referência.
A festa ao jeito Trump terminou com a tradicional chuva de balões vermelhos, azuis e brancos ao som de "You Can't Always Get What You Want" dos Rolling Stones.
Até parecia uma resposta aos republicanos que preferiam outro candidato.
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