Jeroen Dijsselbloem afirmou que apesar dos esforços, Espanha e Portugal continuam em perigo
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou esta quarta-feira que está desiludido com a decisão da Comissão Europeia de não aplicar sanções a Portugal e Espanha.
"É desapontante que não haja seguimento à conclusão de que Espanha e Portugal não adotaram ações eficazes para consolidaram os seus orçamentos", afirmou Dijsselbloem, segundo a Reuters.
"Tem de ficar claro que apesar de todos os esforços feitos, Espanha e Portugal continuam em perigo".
Jeroen Dijsselbloem disse ainda que vai esperar que a Comissão Europeia clarifique a sua decisão e discuta o assunto com outros países da zona euro.
O colégio de comissários europeus decidiu hoje recomendar que não seja aplicada qualquer multa aos países ibéricos, mas de acordo com as regras, o Conselho Ecofin tem agora um prazo de 10 dias para se pronunciar.
O conselho de ministros europeus das finanças pode aprovar, rejeitar ou emendar a recomendação, sendo que é necessária uma maioria qualificada para alterar a proposta de hoje do executivo comunitário, ou seja, para rejeitar a "multa zero" recomendada pela "Comissão Juncker".
Já quanto ao novo trajeto orçamental proposto pelo executivo comunitário -- que decidiu dar mais um ano a Portugal para reduzir o défice abaixo dos 3% do PIB, mais concretamente 2,5% -, o Ecofin tem dois meses a partir de 12 de julho, data em que constatou que os dois países não cumpriram as anterior metas, para correção do défice excessivo (que no caso de Portugal era 2015).
Por fim, quanto ao congelamento parcial de fundos para 2017, uma parte incontornável (porque automática) do processo de sanções, só haverá novos desenvolvimentos numa fase posterior (em setembro), depois de um "diálogo estruturado" com o Parlamento Europeu, solicitado pela assembleia.
www.dn.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário