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As negociações, que decorreram no Ministério do Trabalho e com mediação do Governo, em Lisboa, prolongaram-se pela madrugada. Pedro Henriques, presidente do SNMMP, chegou a dada altura a confirmar que a greve se iria manter e e que as negociações apenas seriam retomadas esta quinta-feira. No entanto, isso não se confirmou e as partes chegaram a um consenso.
A greve dos motoristas de matérias perigosas teve início às 00h de segunda-feira e, desde aí, têm-se verificado os efeitos da paralisação. Os combustíveis acabaram por ser a face mais visível da greve, com uma corrida às bombas com o receio de uma “seca” no período que antecipou as férias da Páscoa.
Tal como o Expresso noticiou, é praticamente impossível que todos os portugueses consigam reabastecer o depósito do automóvel em condições normais antes da Páscoa. Fonte de uma das maiores petrolíferas a operar em Portugal assegura ao Expresso que não só “estamos longe de conseguir garantir serviços mínimos” como a situação dos postos de combustível “demorará cinco a sete dias a normalizar” após o fim da greve.
E a razão para a demora na normalização mesmo com o fim da greve é a forma, relativamente rígida, como a logística da distribuição de produtos petrolíferos está montada. Em média, um posto em Portugal vende 8 a 10 mil litros de combustível por dia. Os camiões-cisterna transportam 30 mil litros. Normalmente, os postos de combustível em Portugal são reabastecidos a cada três dias. Mas como a procura dos automobilistas permanece em níveis especialmente elevados, é expectável que, uma vez reabastecido, cada posto rapidamente veja o seu stock recuar.
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