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quarta-feira, 24 de abril de 2019

24 de Abril de 1792: Rouget de Lisle compõe a 'A Marselhesa'

estoriasdahistoria12.blogspot.com



A Camara de Deputados adoptou “A Marselhesa” como hino nacional francês no dia 13 de Fevereiro de 1879. Composto para o exército do Reno, fronteira com a Alemanha, em 1792 pelo oficial Rouget de Lisle, a melodia já se havia tornado o “canto nacional” em 1795 (26 Messidor ano III), mas o texto jamais havia sido oficializado. 

Em 24 de Abril de 1792, em Estrasburgo, no salão nobre do presidente da Câmara, o barão de Dietrich, a efervescência estava no auge. Cinco horas antes, a França havia declarado guerra à Áustria. O chefe da casa dirigiu-se ao jovem Claude Joseph Rouget de Lisle, oficial de sua província e violoncelista nas horas vagas: "Senhor de Lisle, componha-nos uma bela canção patriótica para este povo feito soldado que surge de todas as partes atendendo ao apelo da pátria em perigo e a nação ficará profundamente agradecida". 

O capitão da guarnição, de volta a sua casa, decide trabalhar febrilmente. Na noite do dia 24 para o dia 25 de Abril de 1792, Claude Joseph Rouget de Lisle, compõe  o tema. No dia seguinte à noite, o barão organiza um jantar durante o qual ele mesmo interpreta a canção, acompanhado por uma dama ao cravo e por Rouget de Lisle na  viola. Baptizado logo como Canto de Guerra para o Exército do Reno, o novo canto colhe um sucesso fulgurante. Viajantes divulgam as palavras e a melodia por todo o país. 


Em Marselha, onde os voluntários do exército revolucionário se preparavam para seguir para Paris a fim de combater a invasão, são distribuídos folhetos com o texto do canto patriótico. Os federados marselheses entoam a melodia ao longo de toda a viagem e em coro quando entram na capital em 30 de Julho de 1792. Os parisienses com toda a naturalidade  baptizam-na  como “A Marselhesa”. 


O canto é também entoado pelos federados de Marselha que participam na insurreição das Tulherias em 10 de Agosto de 1792. Antes o general François Mireur, do exército da campanha do Egipto, que tinha ido a Marselha com o objectivo de reunir voluntários de Montpellier e de Marselha, achou a canção excelente e a mesma foi divulgada às tropas sob o título “Canto de Guerra dos Exércitos de Fronteira” 

Durante as revoluções de 1848 que irrompem no conjunto do continente europeu, a Marselhesa recebe uma consagração internacional como cântico revolucionário só comparável mais tarde com o hino dos socialistas, "A Internacional". 

A 14 de Julho de 1795, por decreto de 26 Messidor ano III de iniciativa do deputado Debry, a Assembleia Nacional declara “A Marselhesa” hino nacional francês. Foi proibida durante o Primeiro Império por Napoleão Bonaparte e pelo rei Luis XVIII, aquando da Segunda Restauração. Reassumindo a condição de hino após a Revolução de 1830, "A Marselhesa" foi novamente banida por Napoleão III. Ela seria definitivamente proclamada “hino nacional” em 1879. 

Claude Joseph Rouget de Lisle (10/05/1760 – 26/06/1836) deu os seus primeiros passos como adulto na condição de oficial do corpo de engenharia do exército revolucionário. A sua obra artística não se resumiu à Marselhesa. Preso durante o Terror, compôs após a sua libertação o “Hino Ditirâmbico sobre a Conjuração de Robespierre, bem como o “Canto das Vinganças” e “Canto dos Combates”. 


Fontes: Estórias da História
Opera Mundi
wikipedia (imagens)


File:Pils - Rouget de Lisle chantant la Marseillaise.jpg
Rouget de Lisle canta a Marselhesa pela primeira vez - Isidore Pils
File:Marseillaise01.jpg
Partitura do século XIX

A MARSELHESA

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