Não, este artigo não é sobre os
golos falhados por CR7 no Dinamarca-Portugal. Nem tão pouco sobre o que está por
trás desse falhanço (pressão de fazer um bom Europeu, para ganhar a Bola de
Ouro?).
Não, este artigo não é sobre os golos falhados por
CR7 no Dinamarca-Portugal. Nem
tão pouco sobre o que está por trás desse falhanço (pressão de fazer um bom
Europeu, para ganhar a Bola de Ouro?).
É sobre as suas declarações no final do jogo, depois de ser provocado pelos adversários (que gritavam o nome de Messi): "Sabe onde estava Messi nesta altura? Sabe? Estava sendo eliminado na Copa América no país dele. Acho que é pior, não? Eu estou feliz de estar aqui".
Não sei se Cristiano já percebeu que esta lamentável tirada encerra dois erros de palmatória: mostrou ao mundo que Lionel Messi lhe faz sombra e… promoveu a marca concorrente.
Vamos ao primeiro erro. Alguém viu Steve Jobs (ou outro CEO de renome) dar como desculpa, para algum produto menos conseguido, a resposta: "Já viram como estava a Microsoft no ano passado?" Ronaldo, tal como Messi, é uma marca. Só que Ronaldo, a avaliar pelo valor de mercado (valor de transferência, contratos publicitários…), é a marca líder. Como tal, a sua preocupação tem de ser apenas uma: ignorar, pelo menos em público, quem lhe faz sombra.
Agora o segundo deslize. Quando Ronaldo reconhece que Messi (o grande concorrente à Bola de Ouro) o põe sob pressão (e põe, a avaliar pela reacção…), está a dizer ao mundo que a sua marca não tem estratégia autónoma: move-se ao sabor do número dois. Ora uma marca líder não segue ninguém, marca o ritmo ("sets the agenda").
Alguém devia explicar a Ronaldo que não pode contar apenas com o seu "look", os abdominais e a companhia de meninas bonitas para assentar neles a sua marca. Cabeça também ajuda. E, por falar nisso (sim, em cabeça…), Messi deve-se estar a rir…
camilolourenco@gmail.com
É sobre as suas declarações no final do jogo, depois de ser provocado pelos adversários (que gritavam o nome de Messi): "Sabe onde estava Messi nesta altura? Sabe? Estava sendo eliminado na Copa América no país dele. Acho que é pior, não? Eu estou feliz de estar aqui".
Não sei se Cristiano já percebeu que esta lamentável tirada encerra dois erros de palmatória: mostrou ao mundo que Lionel Messi lhe faz sombra e… promoveu a marca concorrente.
Vamos ao primeiro erro. Alguém viu Steve Jobs (ou outro CEO de renome) dar como desculpa, para algum produto menos conseguido, a resposta: "Já viram como estava a Microsoft no ano passado?" Ronaldo, tal como Messi, é uma marca. Só que Ronaldo, a avaliar pelo valor de mercado (valor de transferência, contratos publicitários…), é a marca líder. Como tal, a sua preocupação tem de ser apenas uma: ignorar, pelo menos em público, quem lhe faz sombra.
Agora o segundo deslize. Quando Ronaldo reconhece que Messi (o grande concorrente à Bola de Ouro) o põe sob pressão (e põe, a avaliar pela reacção…), está a dizer ao mundo que a sua marca não tem estratégia autónoma: move-se ao sabor do número dois. Ora uma marca líder não segue ninguém, marca o ritmo ("sets the agenda").
Alguém devia explicar a Ronaldo que não pode contar apenas com o seu "look", os abdominais e a companhia de meninas bonitas para assentar neles a sua marca. Cabeça também ajuda. E, por falar nisso (sim, em cabeça…), Messi deve-se estar a rir…
camilolourenco@gmail.com
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