O (duplo) triunfo dos porcos
Polvos, vacas, crocodilos, elefantes e outros animais como Platini previram que a final do Euro 2012 seria Espanha- Alemanha.
Pelo pouco que fui vendo dos jogos da fase de grupos, fui alimentando a esperança que a final fosse Portugal/Itália. Tal como Platini fiquei pela metade, porque os postes impediram a presença da equipa portuguesa em Kiev.
Não vi o Alemanha/Itália em directo e, quando me informaram do resultado, pensei que tivesse sido um jogo equilibrado. Puro engano! A Alemanha podia ter apanhado 5 ou 6, como pude constatar na transmissão em diferido que vi horas mais tarde.
Confesso que fiquei muito satisfeito com a derrota dos Berliner Schnitzel. Eles já ganham demasiado com os juros dos países em dificuldades, estava na altura de começarem a perder.
Entretanto, chegam-me notícias de Bruxelas anunciando que Espanha e Itália estão a bater o pé à Merkel, bloqueando todas as decisões da Cimeira enquanto a Frau Angie não ceder às suas pretensões.
Já defendi várias vezes que, se os países do sul se tivessem unido desde o princípio, nunca teríamos chegado a esta dramática situação. Foi preciso Espanha e Itália começarem a sentir a água pelo pescoço, para que alguém batesse o pé à Alemanha.
Poderia ser uma boa notícia…mas à distância não sei se é! Espanhóis e italianos estão apenas preocupados em resolver os seus problemas e borrifando-se para Portugal, Irlanda ou Grécia. Esta atitude confirma que estes dois países merecem bem pertencer aos PIIGS. Se fossem decentes, seriam solidários com os seus parceiros. Ou, pensando melhor, talvez não precisem, porque pelo menos Irlanda e Grécia exigirão condições idênticas. Temo é que em Portugal isso não tenha efeitos, porque o coelho é um animal que gosta de ser sodomizado e é bem capaz de pedir para continuar a sofrer.
Coelhos à parte, tudo indica que os PIIGS venceram a teimosia da vaca e uma coisa é certa: o Euro da bola irá disputar-se entre dois PIIGS. Exactamente os mesmos que ( pelas noticias que me chegaram durante a noite) parecem ter nas mãos o futuro do €uro. Um futuro que não será risonho. Em 2016 poderá haver mais um Euro mas, pelo andar da carruagem, já não haverá €.
Depois, não digam que não se deve misturar futebol com política…Em tempo: alguém sabe dizer-me se o Coelho continua a beijocar a Angie?
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