A pior palavra que começa por F…
Não se vai aqui abordar nenhuma matéria ‘hard core’ que precise de censura, não vão olhos sensíveis sentirem-se incomodados, ainda que seja um assunto obsceno.
Porque é imoral, indecente, indecoroso, desonesto, impudico e vergonhoso, e mais outros adjetivos aplicáveis como sinónimos de obsceno, que na Europa, no século 21, haja crianças que vão para a escola com fome.
Mas é isso que está a acontecer em Portugal, de acordo com os dados de movimentação dos cartões que os alunos têm de utilizar para ir aos bares ou cantinas e cuja quebra, “é significativa”, denunciou a Ação Social Escolar.
Quer dizer, no bolso de muitos alunos do ensino obrigatório, não há dinheiro para a simples sandes, quanto mais para as tentações do fast food, os 80 cêntimos que custa um bolo ou o euro das batatas fritas.
Que eu saiba, não se está num país "emergente", não há conflitos armados que perturbem a normalidade, nem é daqueles que são governados por ditadores e por elites que canalizam ostensiva e impunemente as riquezas do Estado para os seus bolsos.
Alegadamente, esta é uma democracia, palavra que, segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, define “o sistema político cujas ações atendem aos interesses populares”.
Também se lhe pode atribuir o significado de “sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição equitativa entre todos os cidadãos”, segundo a mesma fonte.
Democracia pode também designar, a acreditar no dicionário "governo que acata a vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a livre expressão das minorias”.
E fico-me por aqui, pois o dicionário Houaiss da língua portuguesa acrescenta mais umas tantas definições, mas nenhuma delas consentânea com uma situação em que, numa democracia do século 21, na civilizada Europa, um país admita que as suas crianças estejam na escola com fome.
Isto, senhor Presidente da República, é que é "insuportável" e até mesmo "insustentável" apesar das exigências dos 'mercados' e da vontade voraz dos que querem a todo o custo, um Estado mínimo .
Observatório do Algarve
A pior palavra que começa por F… 08-11-2011 16:35:00
Não se vai aqui abordar nenhuma matéria ‘hard core’ que precise de censura, não vão olhos sensíveis sentirem-se incomodados, ainda que seja um assunto obsceno.
Porque é imoral, indecente, indecoroso, desonesto, impudico e vergonhoso, e mais outros adjetivos aplicáveis como sinónimos de obsceno, que na Europa, no século 21, haja crianças que vão para a escola com fome.
Mas é isso que está a acontecer em Portugal, de acordo com os dados de movimentação dos cartões que os alunos têm de utilizar para ir aos bares ou cantinas e cuja quebra, “é significativa”, denunciou a Ação Social Escolar.
Quer dizer, no bolso de muitos alunos do ensino obrigatório, não há dinheiro para a simples sandes, quanto mais para as tentações do fast food, os 80 cêntimos que custa um bolo ou o euro das batatas fritas.
Que eu saiba, não se está num país "emergente", não há conflitos armados que perturbem a normalidade, nem é daqueles que são governados por ditadores e por elites que canalizam ostensiva e impunemente as riquezas do Estado para os seus bolsos.
Alegadamente, esta é uma democracia, palavra que, segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, define “o sistema político cujas ações atendem aos interesses populares”.
Também se lhe pode atribuir o significado de “sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição equitativa entre todos os cidadãos”, segundo a mesma fonte.
Democracia pode também designar, a acreditar no dicionário "governo que acata a vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a livre expressão das minorias”.
E fico-me por aqui, pois o dicionário Houaiss da língua portuguesa acrescenta mais umas tantas definições, mas nenhuma delas consentânea com uma situação em que, numa democracia do século 21, na civilizada Europa, um país admita que as suas crianças estejam na escola com fome.
Isto, senhor Presidente da República, é que é "insuportável" e até mesmo "insustentável" apesar das exigências dos 'mercados' e da vontade voraz dos que querem a todo o custo, um Estado mínimo .
Conceição Branco jornalista
Observatório do Algarve
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