SONETO A UMA MARIA SEM CAMISA
… e quando, um dia, o mar vier beijar
A luz desse luar que te ilumina
E se afundar, depois, na areia fina
Das praias desenhadas, só de olhar,
Não terá sido em vão esse cantar
Que ecoa em ti, que desde pequenina
Entoas no dobrar de cada esquina
Das ruas que pudeste visitar
Porque soubeste, em ti, salvaguardar
O estranho encantamento da menina
E, ultrapassando a mágoa que te mina,
Pudeste, em consciência, não vergar,
Mantendo-te intocada e feminina
No sopro original que assim te anima
Maria João Brito de Sousa – 20.11.2011
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