Reles... ou "Os Três Trastes Tigres" (*)
Há dias, numa entrevista, o actor José Pedro Gomes comentou com muita graça a intensão da troika ocupante e dos seus lacaios locais, de aumentar os horários de trabalho em mais meia hora por dia. Disse ele que, com a nova peça já escrita, encenada e ensaiada, não estava a ver como raio é que iam conseguir acrescentar mais meia hora ao espectáculo.
É esta preciosa capacidade de, mesmo nos momentos mais cinzentos, conseguirmos fazer do humor e do riso, combustível para a nossa necessária resistência, que nos ajuda a suportar a visão, audição e leitura de bandalhos como o protofascista João Duque e a sua apologia da censura, manipulação e controlo da informação por parte do governo, afirmando que isso é “a bem da nação”... mesmo sabendo que não é.
Ou como o sociopata, perdão... sociólogo (que alguns, inexplicavelmente, identificam como uma figura "de esquerda") Manuel Villaverde Cabral, que de uma penada, resolveu desrespeitar décadas de luta de milhões de trabalhadores (e o sacrifício da vida de muitos deles) pelos seus direitos, condições de trabalhos e duração da jornada desse mesmo trabalho... afirmando que é perfeitamente aceitável acabar com o 1º de Maio... dado que a comemoração desta data «é a mesma coisa» que o 25 de Abril... mesmo sabendo que isso não é verdade.
Ou como o calhordas Vital Moreira que, embora não concordando (segundo diz) com os cortes de salários no sector privado, acha, no entanto, que é aceitável o aumento dos horários de trabalho, para se conseguir uma maior “produtividade”... mesmo sabendo que isso é mentira.
Muitas carradas de ânimo e “combustível” serão necessárias para resistir a lixo deste calibre!
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