MARIA SEVERA Onofriana, Fadista, natural de Lisboa, nasceu a 26-07-1820 e faleceu a 30-11-1846. Fadista, famosa, de seu nome completo Maria Severa Onofriana, nasceu na Madragoa, filha de Severo Manuel de Sousa, natural de Santarém, e de Ana Gertrudes, natural de Portalegre, que tinham uma taberna. Viveu no Bairro Alto e na Madragoa, faleceu, aos 26 anos, na sua casa na Rua do Capelão.
Severa também viveu no Bairro Alto, na Travessa do Poço da Cidade, bem como na Rua da Graça e no Pátio do Carrasco, ao Limoeiro. O último Conde de Vimioso – D. Francisco de Paula de Portugal e Castro – terá sido o seu grande amor e instalou-a em mais três moradas lisboetas: na Rua da Bemposta, na Rua da Amendoeira e ainda no seu palácio do Campo Grande.
Teve grande nome nos meios fadistas e boémios, frequentados (não obstante a sua completa amoralidade) por alguns dos mais ilustres fidalgos da corte, políticos, toureiros, etc.
Maria Severa Onofriana, apesar da sua beleza, ou, talvez, por isso mesmo, e da sua vivacidade, cedo caiu na prostituição. Cantava o fado de tal forma que impressionava todos os que a ouviam. Apaixonada pelo teatro e pelas touradas, a que assistia com muita frequência, onde conheceu e se apaixonou pelo 13º Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro), origem de quase todos os seu problemas e dissabores.
Maria Severa cantou fado primeiro na Madragoa, depois no Bairro Alto e na Mouraria –nas Tabernas da Rosária dos Óculos, do Manuel Jerónimo, do Cegueta, do Manhoso, todas na Rua do Capelão – , assim como no café do antigo forcado Joaquim Silva à Rua do Saco, e ainda, em festas aristocráticas dada a sua ligação ao Conde de Vimioso.
A figura da Severa, aureolada por notável beleza e inegáveis dotes de cantadeira, aliados a grande espírito de caridade para outras desgraçadas como ela; a sua vida breve, influenciaram muito os poetas populares que têm vindo a consagrar-lhe fados e canções. Para essa difusão contribuiu decididamente o romance de Júlio Dantas, A Severa (1901), que o mesmo autor levou ao Teatro numa peça com igual título, estreada no antigo Teatro D. Amélia, também em 1901.
Anos depois, Júlio Dantas e André Brun adaptaram-na a Opereta, com música de Filipe Duarte. Com o mesmo argumento Leitão de Barros realizou, em 1931, o primeiro filme sonoro português, que teve assinalado êxito.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia do Socorro, Edital de 18-12-1989); Odivelas (Freguesia da Ramada); Vila Franca de Xira.
Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 28, Pág. 604 e 605)
Fonte: “Quem É Quem, Portugueses Célebres”, (Círculo de Leitores, Coordenação de Leonel de Oliveira, Edição de 2008, Pág. 481).
Fonte: “Câmara Municipal de Lisboa – Toponímia de Lisboa”
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