Oh Catarina, desculpa lá, mas o que é que é falso nas notícias? Dizer só que é falso soa a muito pouco; é preciso demonstrar que é falso!
É falso que o Vereador Ricardo Robles comprou um imóvel em Alfama, Lisboa, que era propriedade da Segurança Social, por 347 mil euros (é falso que tinha esse dinheiro?) em 2014?
É falso que o Vereador Ricardo Robles realizou obras de reabilitação nesse imóvel no valor de mais de 600 mil euros (é falso que tinha esse dinheiro?) entre 2014 e 2018?
É falso que o Vereador Ricardo Robles manteve esse imóvel à venda até Abril do corrente ano, pelo valor de 5,7 milhões de euros?
É falso que o imóvel em causa valorizou, em apenas quatro anos, quase 16,5 vezes relativamente ao custo inicial (5,7 vezes se considerarmos o investimento realizado na reabilitação do imóvel)?
É falso que o Vereador Ricardo Robles foi eleito para a Câmara Municipal de Lisboa com um programa no qual o combate à especulação imobiliária constituía um dos principais argumentos, pelo qual optaram os eleitores que votaram no BE na últimas eleições autárquicas?
Nada disto é falso! Tudo isto é, aliás, cabalmente confirmado pelas declarações à imprensa do próprio Vereador Ricardo Robles nos últimos dias.
Então, o que é que há de falso nas notícias, Catarina Martins?
Eu respondo. O que há de falso nas notícias é o próprio Bloco de Esquerda. Essa é a única realidade falsa nestas notícias.
Se bem que, não há muito tempo, uma destacada dirigente do partido que ostenta no nome a palavra esquerda mas que nada tem, politicamente e ideologicamente a ver com isso, veio a terreiro afirmar bem alto por que princípios se orienta o seu partido, ao afirmar - sem pudor nem vergonha! - que a "esquerda radical" (referia-se a si própria, ao seu partido, ao BE) é a única força política capaz de salvar o capitalismo!
Aquelas declarações da destacada dirigente do BE são hoje cabalmente confirmadas pelo (triste) caso Ricardo Robles. E atenuam o rótulo de falsidade que atribuí ao BE; afinal não é tão falso assim; anda apenas mascarado...
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