DIAS LOURENÇO – construtor do PCP
Um herói é assim. António Dias Lourenço é uma figura inultrapassável da mesma grandeza do Partido que ajudou, decisivamente, a construir e a reconstruir. Esteve nele durante 78 anos de aço misturado com uma sensibilidade humana/poética casada com o seu amor ao povo.
Falar da sua incrível e corajosa fuga da masmorra de Peniche é dos dados de Resistência mais iluminados da história épica do PCP. É acontecimento felizmente muito conhecido, pelo que aqui não me deterei.
Especialmente brutalizado pelos assassinos da pide, esteve encarcerado por 17 anos. Estava preso quando soube da leucemia que lhe tiraria o seu filho de 10 anos. Apenas lhe foi permitida, pelos esbirros policiais, uma breve visita de 5 minutos. Só o tornaria a ver, morto, vindo da URSS, levado pelo PCP na tentativa vã de o salvar.
Personagem central do grande livro de Saramago, “Levantado do Chão”, na minha opinião o mais importante do escritor meu camarada, foi Dias Lourenço quem escreveu o manifesto de greve que o livro retrata.
Na primeira vez que a matadora pide o apanhou, depois das torturas sem fim durante dias, ao regressar à cela ainda teve forças para bater nas portas dos camaradas presos e dizer: «malta, aqui ninguém fala. Os comunistas não falam».
Estava em casa de Bento de Jesus Caraça na altura da morte deste. Testemunharam-na o Professor Pulido Valente e o escritor Manuel Mendes. Ia, clandestinamente, em nome do Partido, levar ajuda material ao notável matemático comunista, caso este necessitasse.
Como última nota deste revolucionário inesquecível, exemplo de guerreiro referencial do MCI, não resisto a contar a origem de onde lhe cresceu a sua fortaleza heróica, o seu querido pai. Este estava a morrer, havia uma luz na mesa-de-cabeceira que lhe encadeava a vista. Dias Lourenço perguntou-lhe se preferia que a apagasse, ao que o pai lhe respondeu: «Não, filho, o que eu preciso é de luz, muita luz. Não a apagues, por favor»
Um par de Álvaro Cunhal. Um Grande do PCP!
Um herói é assim. António Dias Lourenço é uma figura inultrapassável da mesma grandeza do Partido que ajudou, decisivamente, a construir e a reconstruir. Esteve nele durante 78 anos de aço misturado com uma sensibilidade humana/poética casada com o seu amor ao povo.
Falar da sua incrível e corajosa fuga da masmorra de Peniche é dos dados de Resistência mais iluminados da história épica do PCP. É acontecimento felizmente muito conhecido, pelo que aqui não me deterei.
Especialmente brutalizado pelos assassinos da pide, esteve encarcerado por 17 anos. Estava preso quando soube da leucemia que lhe tiraria o seu filho de 10 anos. Apenas lhe foi permitida, pelos esbirros policiais, uma breve visita de 5 minutos. Só o tornaria a ver, morto, vindo da URSS, levado pelo PCP na tentativa vã de o salvar.
Personagem central do grande livro de Saramago, “Levantado do Chão”, na minha opinião o mais importante do escritor meu camarada, foi Dias Lourenço quem escreveu o manifesto de greve que o livro retrata.
Na primeira vez que a matadora pide o apanhou, depois das torturas sem fim durante dias, ao regressar à cela ainda teve forças para bater nas portas dos camaradas presos e dizer: «malta, aqui ninguém fala. Os comunistas não falam».
Estava em casa de Bento de Jesus Caraça na altura da morte deste. Testemunharam-na o Professor Pulido Valente e o escritor Manuel Mendes. Ia, clandestinamente, em nome do Partido, levar ajuda material ao notável matemático comunista, caso este necessitasse.
Como última nota deste revolucionário inesquecível, exemplo de guerreiro referencial do MCI, não resisto a contar a origem de onde lhe cresceu a sua fortaleza heróica, o seu querido pai. Este estava a morrer, havia uma luz na mesa-de-cabeceira que lhe encadeava a vista. Dias Lourenço perguntou-lhe se preferia que a apagasse, ao que o pai lhe respondeu: «Não, filho, o que eu preciso é de luz, muita luz. Não a apagues, por favor»
Um par de Álvaro Cunhal. Um Grande do PCP!
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