AVISO

OS COMENTÁRIOS, E AS PUBLICAÇÕES DE OUTROS
NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO ADMINISTRADOR DO "Pó do tempo"

Este blogue está aberto à participação de todos.


Não haverá censura aos textos mas carecerá
obviamente, da minha aprovação que depende
da actualidade do artigo, do tema abordado, da minha disponibilidade, e desde que não
contrarie a matriz do blogue.

Os comentários são inseridos automaticamente
com a excepção dos que o sistema considere como
SPAM, sem moderação e sem censura.

Serão excluídos os comentários que façam
a apologia do racismo, xenofobia, homofobia
ou do fascismo/nazismo.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Passos | ÚLTIMO DIA


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Num contexto de circo a arder, leia-se PSD a arder, Passos Coelho despediu-se do Parlamento. Escassos dias depois de se ter despedido da liderança do PSD. Deixará saudades entre as hostes laranjas, como se vê pelas dificuldades que a orfandade do ex-primeiro-ministro coloca à nova liderança, desde logo a começar pela própria liderança da bancada parlamentar, com o Presidente a conseguir o pior resultado de que há memória.

De resto, Rui Rio que aparentemente quer romper com a herança deixada por Passos Coelho sente a sua vida particularmente dificultada por quem vê na mediocridade e naquela espécie de neoliberalismo de pacotilha o caminho a seguir - o único caminho a seguir.

Passos Coelho, diz-se por aí, com manifestas dificuldades em esconder um sorriso jocoso, fará o seu caminho no mundo académico e dificilmente regressará ao partido: deixou seguidores da sua espécie de ideologia, mas seguidores que estão disponíveis para seguir um outro líder, com a mesma base ideológica, mas com um menor desgaste. Afinal de contas, embora deixe herdeiros, Passos Coelho sai desgastado aos olhos de um país que vê a esquerda tomar decisões bem menos gravosas e com resultados incomensuravelmente melhores. Passos Coelho representa para o país um capítulo encerrado que encontrou a sua justificação numa falsa premissa: uma bancarrota e um resgate forçado por si próprio e pelo inefável Paulo Portas. Nem um nem outro deixam saudades para um país que quer respirar novamente. 

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão

Foto: Rio Cruz, em Expresso
paginaglobal.blogspot.pt

Sem comentários: