Um pequeno vilarejo na ilha de Bali, Indonésia, abriga cerca de 3 mil habitantes, todos fluentes em kata kolok, uma língua não falada em que a comunicação é feita somente a partir de sinais. Lá o nascimento de pessoas surdas é 15 vezes maior do que a média mundial. Isso por conta de um gene recessivo que passou por gerações.
Bengkala é o nome do lugar conhecido como “vila dos surdos”, berço desta linguagem que é única e independente. “A lenda que corre por aqui é que duas pessoas com poderes mágicos lutaram entre si e foram amaldiçoadas e perderam a audição como castigo”, contaIda Mardana, prefeito de Bengkala – que fala inglês e kata kolok. “O nome da nossa cidade pode ser traduzido como ‘um lugar para se esconder'”, ele completa em entrevista à Vice.
O prefeito conta também que lá os professores são obrigados a aprender a linguagem de sinais, mesmo aqueles que ouvem. Assim, todos podem aprender juntos duas línguas diferentes. O escritor Irfan Kortschak descreve a ilha no livro Invisible People (Pessoas Invisíveis) como “um lugar onde ser deficiente auditivo não é uma coisa para se preocupar. É uma questão de comunidade”.
Imagens: Google Maps e ©Matt Alesevich, para a Vice.
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