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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Gostava de convidar o Primeiro-Ministro




Gostava de convidar o Primeiro-Ministro também a visitar São Luís, a conduzir na Estrada Nacional, duas vezes por dia, depois de um dia de trabalho, de preferência sem ser num mercedes topo de gama e sem motorista. Num Renault 4 L.
Depois íamos até à N266, para “sentir” o interior do Concelho de Odemira. Não deixava de o levar à Torre de Vigia em S.Teotónio para gozar uma vista fenomenal para “um mar”, para que refletisse, no que não é um Desenvolvimento Económico Sustentável.
No meio disso tudo, podia acenar aos trabalhadores que estão à beira da estrada à espera que os chamem para trabalhar mais um dia.
Teria também todo o gosto em arranjar-lhe alojamento, decerto que se arranjava um cantinho num t2 com 20 pessoas.
Se eventualmente quisesse ficar um mês, colocava-o a trabalhar na agricultura, ou na pesca, para saber o que é a vida, e como a parte que nos entregam do valor que criamos e chamam salário, ou subsidio de desemprego, não chega para a conta da água, luz, gás, televisão e internet, a conta da mercearia, ou os calções novos para o Verão que os do ano passado já não servem e não há pano para acrescentar.
E rezava por si, para não ter nenhum filho a fazer anos nesse mês, e não o obrigar a passar mais um dia sem um mimo para lhe dar.
No meio de tudo isto…se lhe apetecer comer, cuidado, é perseguido por apanhar peixe como se fosse um criminoso.
Por esta altura, com sorte o trabalhador que estava a beira da estrada já foi trabalhar uma semana, já conseguiu pagar parte do bilhete de avião que deve à empresa de emprego temporário.
No final do passeio, tinha o prazer de deixar o Sr. Primeiro Ministro na estação de Amoreiras- Gare à espera do Comboio. Para que possa sentir o que é esperar.
Sr. Primeiro-ministro, espero que não se sinta mal. Aqui não é permitido. É que o nosso Hospital fica a 70 Km.

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