O candidato a Presidente da República António Sampaio da Nóvoa afirmou segunda-feira à noite que no «momento certo» será necessária a convergência dos candidatos de esquerda para conseguir derrotar «o da continuidade».
«Não vejo com maus olhos a existência de vários candidatos no espaço político da esquerda, têm projetos diferentes e é legítimo que se queiram apresentar. Mas espero também que percebam a necessidade de uma convergência, porque o pior que nos podia acontecer é as pessoas votarem no candidato da continuidade», afirmou.
Sampaio da Nóvoa esteve presente num "Encontro de Gerações", que decorreu no Barreiro, alertando para a importância de se evitar uma vitória de Marcelo Rebelo de Sousa.
«A eleição do candidato da continuidade poderia perturbar a consolidação deste novo ciclo político que estamos a viver e a possibilidade que possamos entrar numa nova fase da vida política. Nada contra a existência de muitas candidaturas, mas espero que, no momento certo, seja possível fazer essa convergência para derrotar o candidato da continuidade», frisou.
O candidato referiu ainda que uma dos principais problemas do país é o facto de as novas gerações terem uma vida pior do que as gerações anteriores.
«O que marcou Portugal nos últimos 50 anos foi uma ideia de progresso e evolução, que podíamos ter uma vida melhor que os nossos pais e, de repente, parece que estamos perante um retrocesso. A razão principal que me trouxe a este combate foi querer deixar um país melhor para as gerações seguintes», declarou.
Sampaio da Nóvoa alertou também para a importância da COP21, que está a decorrer em Paris.
«Os temas das alterações climáticas e do ambiente são centrais na minha candidatura e estão na minha carta de princípios. Tenho dito que precisamos de estar em paz com os outros e em paz com a Terra, pois sem isso não conseguimos encontrar soluções para o século XXI», defendeu.
Presente na sessão que decorreu no Barreiro esteve o Ministro-adjunto, Eduardo Cabrita, que manifestou o seu apoio a Sampaio da Nóvoa, recusando abordar outros temas.
«Enquanto reitor da Universidade de Lisboa, realizou uma das missões que se considerava impossível, unir a clássica e a técnica. Este espírito foi demonstrado várias vezes ao longo da sua vida e estou certo que também o vai mostrar na Presidência da República», concluiu Eduardo Cabrita.
Diário Digital com Lusa
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