Várias cidades do México foram palco de protestos após o assassínio de um fotojornalista e de quatro mulheres, encontrados sem vida num apartamento, na sexta-feira.
Várias cidades do México foram palco, este domingo, de protestos após o assassínio de um fotojornalista e de quatro mulheres, incluindo uma ativista dos direitos humanos, encontrados sem vida num apartamento, na sexta-feira.
Cerca de 2.000 pessoas manifestaram-se na capital apelando por “justiça”, exibindo as fotografias de Ruben Espinosa e acusando as autoridades de serem responsáveis pelos crimes.
Os protestos estenderam-se a outras cidades, como Xalapa, capital do estado de Veracruz, onde o fotojornalista trabalhava e onde uma centena de pessoas se voltou a manifestar, depois de também se ter reunido nas ruas na véspera.
O corpo de Ruben Espinosa, de 31 anos, que trabalhava nomeadamente para a revista Proceso e para o jornal AVC Noticias de Veracruz, morto com um tiro na cabeça, foi encontrado na passada sexta-feira num apartamento da capital mexicana.
Quatro mulheres foram encontradas sem vida no mesmo local, junto ao fotógrafo, igualmente mortas com uma arma de fogo e com sinais de violência.
Espionosa afirmou, por várias ocasiões, temer represálias pelo seu trabalho e, por isso, “autoexilou-se”, nas suas palavras, na Cidade do México.
Durante a última década, mais de 80 jornalistas foram mortos no México e 17 continuam desaparecidos, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras.
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