O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, é o principal candidato às eleições legislativas do Partido Democrático Republicano (PDR), pelo círculo de Coimbra. É o círculo da cidade onde reside, mas provavelmente um dos mais arriscados para ser eleito. Se isso vier a acontecer, e apesar de ter várias críticas a apontar ao funcionamento da eurocâmara, Marinho e Pinto não vai deixar Bruxelas e Estrasburgo.O líder do PDR diz ao jornal i que o Parlamento Europeu “não é um verdadeiro parlamento”, mas não vai abandonar o mandato de eurodeputado caso não consiga ser eleito nas eleições de 4 de Outubro.
"Não tenho razões para sair, apesar de ter sido uma desilusão", assume. "Deve ser o único parlamento do mundo onde os deputados não podem fazer propostas. Não é um verdadeiro parlamento", critica, em declarações ao jornal i.
Marinho e Pinto já se tinha insurgido contra o vencimento que é atribuído aos eurodeputados, que "pode chegar aos 17 mil euros", caracterizando-o de "vergonhoso". Na altura, apesar das críticas, o ex-bastonário também se recusou a abdicar desse salário: "Eu sou pobre, preciso do dinheiro, tenho uma filha no estrangeiro".
A campanha do PDR será "semelhante à que a oposição democrática fez antes do 25 de Abril", antecipa, porque "os métodos que as maiorias utilizam são semelhantes aos métodos que a ditadura fascista utilizava para segregar aqueles que ameaçavam a sua sobrevivência".
Quanto ao risco de se candidatar em Coimbra, Marinho e Pinto assume-o, mas diz que "toda a vida" correu riscos. "Vivo e trabalho em Coimbra há 45 anos. Se for eleito deixarei o Parlamento Europeu com todas as mordomias e assumirei o lugar de deputado na Assembleia da República", promete.
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